Delegados são responsabilizados na Justiça por operações no RJ
Inquéritos civis passam a mirar comandantes de operações e viram instrumentos de cobrança
Delegados responsáveis por operações em comunidades do Rio de Janeiro passaram a ser responsabilizados na Justiça por irregularidades nas ações.
Procedimentos Civis do Ministério Público foram adotados como instrumento de cobrança por critérios em ações como a do Jacarezinho, considerada a mais letal da história do estado .
A apuração civil também avalia a condução dos comandantes da operação, responsáveis por organizá-las, e não apenas os agentes envolvidos no confronto.
A primeira ação sugerida pelo MP-RJ foi em janeiro deste ano. Dois delegados e um policial civil foram acusados de improbidade administrativa por uma operação em 2019 no Complexo da Maré. A ação pede o pagamento de multas e desligamento do cargo público.
Há também um inquérito para investigar as operações no Jacarezinho em 2018, mas outro delegado como alvo. Ambos os procedimentos apuram se o regulamento da Polícia foi respeitado durante as ações.
As investigações foram abertas pelo Gaesp (Grupo de Atuação Especializada em Segurança Pública), extinto pelo MP-RJ. O órgão informou que fez um requerimento semelhante para apurar a operação deste ano, que registrou 28 mortes .