O homem disse à polícia que inventou a história para se “vangloriar e ter um ato de bravura”.
Divulgação/PM-GO
O homem disse à polícia que inventou a história para se “vangloriar e ter um ato de bravura”.

Um homem de 36 anos inventou que matou duas pessoas para "se vangloriar e ter um ato de bravura". O crime teria acontecido no último sábado (12) , em uma fazendo em Rio Verde, Goiás , onde ele trabalhava como caseiro. 

No mesmo dia, a Patrulha Rural da Polícia Militar foi acionada pelo próprio homem, que teria confessado o falso assassinato.

“Ele confessou, dizendo que inventou tudo para se vangloriar e ter um ato de bravura", disse ao UOL o delegado Danilo Fabiano Carvalho, do Grupo de Homicídios de Rio Verde, depois de suspeitar que a história fosse mentira, já que as informações levantadas pela perícia não batiam com a versão contada pelo homem.

Farsa descoberta

De acordo com as informações do UOL, a farsa só foi descoberta após quatro dias de buscas e de um trabalho de investigação que mobilizou um total de 20 pessoas, entre policiais, bombeiros e peritos.

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A mentira foi tão bem contada que o caseiro inventou que, no sábado, uma camionete com três homens chegou à fazenda com o objetivo de praticar furtos. Ele relatou que, para defender o local, reagiu à tentativa dos tais criminosos, entrou em uma troca de tiros e matou dois: um com tiro na cabeça e outro com um tiro no pescoço.

Flagrante por porte ilegal

Ainda segundo o portal, o caseiro afirmou ter usado uma pistola e uma espingarda calibre 32 para matar os homens. De acordo com a polícia, a única verdade na versão é a existência de uma arma. Entretanto, como o caseiro não tinha a documentação necessária para ter o porte da arma, foi autuado em flagrante por porte ilegal.

O homem ficou preso entre sábado (12) e terça-feira (15), apenas pelo crime de porte ilegal da espingarda, que foi apresentada por ele. O caseiro pagou uma fiança de R$ 3 mil e foi solto.

Contudo, o relatório de inquérito da investigação está sendo concluído, e o indivíduo deve ser indiciado pelo crime de autoacusação falsa. Segundo o UOL, nesta conta também haverá os prejuízos que foram gerados à segurança pública, pelo deslocamento e tempo gastos desnecessariamente na apuração.

"Não adianta inventar histórias, pois a polícia tem todo o aparato de informação para comprovar e checar os dados apresentados. Não adianta a pessoa se passar por herói, se vangloriar com uma situação dessa, se a polícia tem todos os recursos para comprovar. Ele vai sofrer, agora, as consequências do ato de mentira", afirmou o delegado.

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