Preso diz que filha do casal e namorada teriam ordenado mortes em crime no ABC
Rapaz disse que Ana Flávia e Carina pediram para que ele e outros 2 homens matassem a família depois que não acharam dinheiro no cofre
Por Agência O Globo |
Em depoimento à polícia de São Bernardo do Campo, no ABC paulista, Juliano Ramos, preso na noite desta segunda-feira (3), disse que Ana Flávia Gonçalves, 24 anos, e a namorada dela, Carina Ramos, 31, participaram do planejamento do crime e ainda autorizaram que ele e outros dois comparsas matassem o casal Flaviana e Romuyuki Gonçalves, além do filho Juan Victor.
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Segundo depoimento obtido pela TV GLOBO , Juliano disse que, inicialmente, havia combinado com as duas de assaltar a casa da família no ABC , onde seria mantido um cofre com R$ 85 mil. Ele informou que entrou na casa com a ajuda delas e fingiu render Carina, enquanto outros dois homens espancaram e renderam o pai e o irmão de Ana Flávia. Como eles não tinham a senha do cofre, esperavam a chegada de Flaviana, que, rendida, abriu o cofre e mostrou que não tinha nada.
Foi então que, segundo Juliano, Ana Flávia e Carina teriam pedido para que os criminosos matassem a família. O pai e o filho teriam sido mortos por asfixia. A mãe de Ana Flávia teria sido morta por Carina, segundo relato de Juliano - que é primo de Carina. Em seguida, os criminosos colocaram os corpos na caminhonete de Flaviana. Antes de seguir para a estrada do Montanhão, passaram em um posto de combustível para comprar gasolina. Carina foi quem dirigiu o carro com os corpos, segundo Juliano.
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Na estrada tocaram fogo no carro com os corpos dentro, carbonizando o veículo. Os outros dois homens que participaram do crime também estão presos. Um deles teve a prisão decretada, e o outro foi levado para a delegacia depois de ser flagrado com uma arma de fogo enquanto a polícia o procurava. A polícia ainda procura um quarto homem que estaria envolvido no crime: ele teria ido buscar os criminosos logo depois que o carro da família pegou fogo.
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Nesta segunda-feira (3), Ana Flávia e Carina ficaram em silêncio durante depoimento à polícia. A defesa informou que as duas só devem falar em juízo. Segundo o advogado de Ana Flávia, a jovem diz ser inocente e apenas chora desde o dia do crime no ABC .