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Já em novembro deste ano, adolescente perdeu a visão após ser atingida por balas de borracha também em um baile funk na Zona Leste da capital

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Baile do 17 / Facebook / Arquivo
Jovens foram mortos após tumulto em baile funk de Paraisópolis

A tragédia que terminou com nove jovens mortos em um baile funk na comunidade de Paraisópolis , Zona Sul de São Paulo, neste fim de semana, se assemelha ao ocorrido em Guarulhos, na Grande SP, há pouco mais de um ano. Em 17 de novembro de 2018, três pessoas também morreram pisoteadas após um tumulto em um baile funk . Assim como o ocorrido este ano em Paraisópolis, a correria teria começado, segundo depoimento de testemunhas, depois de uma ação da polícia.

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Ao G1, a Polícia Militar confirmou que esteve na festa chamada Baile do Vermelhão, no Bairro Pimentas, para checar uma denúncia de perturbação. De acordo com a corporação, os frequentadores da festa teriam arremessado garrafas na direção dos PMs, que reagiram com armas de menor potencial ofensivo, como spray de pimenta e bombas. No tumulto, Marcelo do Nascimento Maria, de 34 anos, Micaela Maria de Lima Lira, de 27 anos, e Ricardo Pereira da Silva, de 21 anos, morreram pisoteados.

Depois do ocorrido, segundo a Secretaria de Segurança Pública, foi aberto um inquérito policial no 8º Distrito para apurar as circunstâncias da ação. A PM também instaurou investigação sobre o caso.

Adolescente perde a visão

Na madrugada do dia 10 de novembro deste ano, uma jovem de 16 anos também foi vítima de uma ação policial em um baile funk em Guaianases, Zona Leste da capital paulista. Segundo a mãe, a jovem perdeu a visão do olho esquerdo ao ser ferida por um disparo de bala de borracha que partiu de um policial.

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A Polícia Militar informou que realizava a operação "Noite Tranquila" para coibir ocorrências de perturbação, quando cerca de 700 pessoas teriam fechado uma rua, sendo necessário o uso de técnicas para controlar a multidão. Neste caso, também foi instaurado inquérito para investigar as circunstâncias da ação policial.

No entanto, ao contrário do relato policial, a jovem afirmou ao G1, na época do ocorrido, que a multidão havia sido dispersada quando ela foi atingida pelos disparos. Ainda de acordo com a vítima, a festa já tinha terminado quando a polícia chegou ao baile conhecido como Beira Rio, na Travessa Seringais.