Polícia não vai indiciar ajudante de professor acusado de estupro em escola

Polícia Civil decidiu não indiciar Hudson Freitas, de 22 anos, após inquérito de mais de 380 páginas ser analisado. Mais de 40 pessoas foram ouvidas

Colégio afirmou que colocou departamento psicológico e jurídico à disposição e disse ter afastado funcionário
Foto: Redes sociais
Colégio afirmou que colocou departamento psicológico e jurídico à disposição e disse ter afastado funcionário

Após análise de imagens de câmeras de segurança, depoimentos de mais de 40 pessoas e 385 páginas de inquérito policial, a Polícia Civil de Minas Gerais decidiu não indiciar o estagiário de educação física Hudson Freitas, de 22 anos, pelo estupro de duas crianças de dois anos no Colégio Magnum, em Belo Horizonte.

O processo corria em segredo de justiça por envolver menores de idade, mas o desfecho dele foi apontado pela polícia em coletiva de imprensa na manhã desta quinta-feira (17). A equipe que constatou que não houve abuso é formada por um perito do Instituto Médico Legal (IML), três psicólogos e um psiquiatra. As escutas envolvendo crianças foram feitas de forma especializada.

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Após a decisão, o colégio enviou comunicado a pais e resposnáveis garantindo que o emprego de Hudson foi mantido. "Estando a investigação concluída, permanece o compromisso já firmado com o colaborador afastado de manter sua vaga garantida tão logo ele queira e possa retomar suas atividades", diz trecho da nota.

A inocência de Hudson é apontada pela polícia semanas após uma série de pais fazerem atos em apoio ao educador, que em entrevistas ao Estado de Minas afirmou que era vítima de racismo e preconceito. O rapaz, que ganha uma bolsa de R$ 543 na escola, paga R$ 400 na faculdade de educação física.