Canil da PM supera forte cheiro do Tietê para achar drogas e prender traficante

Criminosos usam terreno perto do rio como uma rota de fuga, mas dessa vez não contavam que iriam encontrar com os Policiais do Batalhão de Choque

O Canil da PM exerce um trabalho primordial no combate ao tráfico de drogas em todo o Estado de São Paulo. Com o faro apurado do Cães é possível identificar grandes quantidades de drogas e também pequenas quantias, que fazem o mercado do crime girar no dia a dia.

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Drogas apreendidas pelos Cães Dilan e Draika durante operação do Canil da PM na zona leste
Foto: Divulgação/Canil PM
Drogas apreendidas pelos Cães Dilan e Draika durante operação do Canil da PM na zona leste

Na tarde desta segunda-feira (9), os Policiais do Canil da PM provaram mais uma vez que o tráfico não vai conseguir se esconder e conseguiram prender grande quantidade de drogas em um terreno grande que fica localizado perto do Rio Tietê.

"A gente estava fazendo patrulhamento pela zona leste e existia a informação que os traficantes ficavam em um terreno que dava para a área do Rio Tietê. Eles ficam ali e quando a patrulha chega, os criminosos pulam no rio e acabam conseguindo realizar a fuga", revelou o Tenente Miranda.

Logo que os Policiais entraram na área indicada, o crime tentou seguir seu protocolo de fuga. Quatro suspeitos que estavam dentro da mata acabaram correndo. "Eram três homens e uma menina menor de idade. Com um deles estava uma sacola contendo drogas. Esse indivíduo acabou confessando que estava fazendo o movimento do tráfico e os outros estavam apenas comprando drogas, eram usuários que estavam ali comprando. O traficante disse que eles usam a área, já que é difícil de pegar quando eles correm para o rio", diz o Tenente.

Na bolsa que estava com o traficante, os PMs encontraram 164 papelotes de maconha, quatro porções de skank e 51 pinos de cocaína e R$ 435,95. Mas os Policiais não desistiram e mesmo a área sendo muito grande e com o forte cheiro do Tietê soltaram os cães para farejar o terreno e procurar pelo resto do entorpecentes.

"Era um lugar muito grande. Então soltamos os Cães Dilan (conduzido pelo Tenente Miranda) e Draika (conduzida pelo Cabo Cristian) , um de cada lado a área, e bem no centro, o Dilan acabou achando mais uma quantia de entorpecentes. Foram mais 6 tijolos médios de maconha e ainda mais 31 porções da droga", finaliza o Tenente Miranda.

O suspeito que afirmou que ganhava R$ 500  foi conduzido para o 59º Distrito Policial e vai responder por tráfico de drogas.  A ocorrência foi apresentada pela equipe Sargento Marcos Paulo, Cabo Christian, Cabo L. Monteiro, Tenente Miranda, Cabo Hideki e Soldado Viana.

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Assista ao momento em que o cão encontra os entorpecentes:


Você sabe quantos cães trabalham na Polícia Militar? 

O estado de São Paulo possui 25 Canis. No Central, temos 37 cães na ativa, mas no total são cerca de 300. Além de servir de base operacional para as missões na cidade de São Paulo, o Canil Central é onde acontecem todos os cursos de especialização, atualização e reciclagem dos Policiais de todos os canis do estado. É também onde fica o centro veterinário. 

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Quais são as raças de cães que a PM usa? 

São seis raças: Pastor Alemão, Pastor Holandês, Pastor Belga Malinois, Rottweiler, Bloodhound e Labrador. As missões de cada raça são divididas de acordo com suas habilidades específicas, como: faro, resistência, inteligência, agressividade, etc... Um Labrador, por exemplo, não é indicado para fazer policiamento ostensivo, porque geralmente não possui a agressividade necessária. Normalmente, o Labrador é usado para farejar entorpecentes e explosivos. Já o Pastor Belga Malinois é utilizado para policiamento e também faro. O Bloodhound tem aptidão para busca de pessoas.