Na largada do verão, DRAMA SP dá pista sobre o futuro do beachwear

Num suado rali nas dunas do deserto é onde essa brisa começa. O motor a...

Foto: Theodora Zaccara
Na largada do verão, DRAMA SP dá pista sobre o futuro do beachwear

Num suado rali nas dunas do deserto é onde essa brisa começa. O motor a tremendo terra, a nuca pingando água. Bandeira no ar, foi dada a largada para se largar no verão. Entre curvas e retas (os pés grudados no acelerador), a viagem é para quem corre com o tempo — não contra ele. “ A imagem da mulher não é comumente associada à aventura, mas a DRAMA é velocidade, é coragem, é tecnologia, é poeira, é resiliência”.

Antagônica ao próprio nome, Maria Rocha nunca está inerte: é fã de movimento. Há 5 anos pilota com sangue nos olhos sua DRAMA SP , marca de beachwear que deixa o óbvio a ver navios. “A moda praia ainda é, ironicamente, muito engessada. Sempre tive o desejo de romper com isso, de fazer um biquini mais prático, mais criativo, mais ilimitado. Afinal é o seu corpo, você merece ter opções de como mostrá-lo”, decreta.

Para o verão 2024, Rocha brisou de verdade. Pegou carona pelas ruas da Ásia, da África, do Oriente Médio — até parar nas pistas de Mônaco e nas barraquinhas de Copacabana. “Sonhei com essa peregrinação não só por variados destinos, mas também por múltiplos períodos da história. Gosto de traduzir um estudo da humanidade através das lentes da moda”. Soa labiríntico, mas mesmo no meio de tanta curva, o papo com Maria é reto.

Modelo: Lidia Santana / Fotógrafo: Leco Moura / Styling: Guta Virtuoso / Arte: Ouieieee Studio

Com o foco ajustado para encontrar a simplicidade, Maria escuta o que a praia pede e configura suas coleções de acordo. “As viagens de Réveillon marcam um momento muito único no ano, você se entrega pra viver aquilo ali, pra ser uma versão mais leve de si. Você até se sente mais bonita! Quer viver, e quer que a sua roupa reflita esse estado de espírito”. Visando respeitar esse sentimento, Rocha acredita em peças inteligentes, que fazem valer seu espaço na mala e se desdobram em múltiplas ocasiões. “ O maior sucesso da DRAMA é o Jangada, um traje multiuso que comporta diversas amarrações. Pode virar maiô, body, parte de cima ou de baixo… vai do mergulho ao samba de fim de tarde”, abre. “Nessa nova coleção, introduzimos o Saara, que pertence à mesma família e também segue esse princípio”. E é esbarrando nessa ideia de princípio que o bagulho fica louco mesmo.

Ao todo, a linha conta com 10 itens produzidos em materiais resistentes, tecnológicos e de alta qualidade, com detalhes costurados à mão e construções que prometem preservar o shape da peça

“Se formos parar pra pensar, as primeiras roupas foram feitas seguindo essa lógica, de vestir algo que proteja o corpo e não atrapalhe, pelo contrário, que facilite a execução das tarefas diárias”. É a partir desse fio de pensamento que a trama de DRAMA se desenrola: uma obra cénica, uma arte performática que estuda e expande as conexões do humano através da roupa. “O langot indiano e o fundoshi japonês são alguns exemplos de vestes tradicionais que em muito se parecem, apesar de terem sido criadas de forma isolada, em lugares remotos, milhares de anos atrás. Não só eles, como os romanos, os egípcios, e diversas outras civilizações antigas também. Esse instinto do ser-humano em relação ao design é muito interessante para mim, e sem dúvidas um conceito para o qual eu estou sempre virada”. Com três anos de Índia carimbados no passaporte, (se mudou para lá em 2014, retornando em 2017. A posteriori, passou os anos seguintes fazendo bom uso da ponte São Paulo-Nova Deli) não surpreende que a experiência de uma sociedade milenar — tão além dos 500-e-poucos-anos que nos teceram como brasileiros — tenha trabalhado essa sensibilidade para o ancestral. “Os primeiros biquinis da história eram sem dúvidas os mais fascinantes. Até hoje tento emular esse efeito”.

Quadro por quadro: Maris buscou na ancestralidade de culturas orientais o fio da meada de seu “Verão 4X4”

A campanha foi fotografada com vento nos cabelos, honrando a sempre-presente teatricidade a lá anos 1980 que é parte do DNA DRAMA SP: uma infinita ‘peça (de palco) sobre peça (de pano)’. Com styling de Guta Virtuoso e clicada por Leco Moura, tem clima de autoesporte, de altas temperaturas, de sede de vitória. “Curiosamente, caiu de SENNA estrear na Netflix na mesma semana do lançamento. Percebo bastante a moda abrindo esse olhar pra essa era de ouro do automobilismo”, dispara, deixando marcas de pneu na largada. Curioso nada! Todo mundo sabe que não existe cena sem DRAMA.

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