A Argentina assinou a Declaração de Líderes do Rio de Janeiro durante a cúpula do G20, após um dia de intensas negociações. O documento reúne pontos de consenso entre os países participantes e foi ratificado pelo presidente argentino, Javier Milei, que inicialmente havia manifestado oposição à assinatura.
A decisão de Milei gerou expectativa, uma vez que o líder havia anunciado que não apoiaria o documento e também se recusaria a aderir à Aliança Global Contra a Fome. No entanto, Milei acabou concordando com a proposta, marcando um recuo em sua postura inicial.
Um dos principais pontos de divergência de Milei em relação à declaração final do G20 foi a Agenda 2030, elaborada pela Organização das Nações Unidas (ONU) com foco nos Objetivos do Desenvolvimento Sustentável (ODS). O presidente argentino também expressou resistência quanto à tributação de grandes fortunas e ao papel do Estado no enfrentamento da fome.
Antes mesmo da chegada de Milei ao Rio de Janeiro, a participação argentina no evento foi vista como um possível fator de tensão. O temor de que o texto final da declaração fosse comprometido se justificava pela posição crítica do presidente argentino em relação a diversos tópicos do consenso entre as nações.
Ao desembarcar, a interação entre Milei e o presidente Luiz Inácio Lula da Silva foi marcada pela frieza. O discurso do líder argentino durante o evento também chamou atenção ao fazer menções ao ex-presidente norte-americano Donald Trump, recebendo reações discretas dos presentes.
Entre os pontos destacados na declaração dos líderes do G20, com 24 páginas e 85 temas abordados, estão um pedido por cessar-fogo na Faixa de Gaza e a busca pela paz na Ucrânia. O texto final apresenta três grandes prioridades: inclusão social e combate à fome e pobreza; desenvolvimento sustentável, transições energéticas e ação climática; e a reforma da governança global.
Além disso, a declaração aborda questões relacionadas à inteligência artificial (IA), com um compromisso dos países em promover uma governança pró-inovação, que limite os riscos sem abrir mão dos benefícios que a IA pode oferecer. “Nós procuraremos promover uma abordagem de governança/regulatória pró-inovação para a IA, que limite os riscos e, ao mesmo tempo, nos permita nos beneficiar do que ela tem a oferecer”, diz o documento.
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