Ícone da publicidade brasileira, Washington Olivetto morre aos 73 anos

Publicitário estava internado por quase cinco meses no hospital Copa Star, no Rio de Janeiro

Morre Washington Olivetto, publicitário criador do garoto Bombril, aos 73 anos
Foto: Pedro Reis
Morre Washington Olivetto, publicitário criador do garoto Bombril, aos 73 anos

O publicitário Washington Olivetto , um dos nomes mais influentes e premiados da propaganda brasileira, morreu neste domingo (13), aos 73 anos. Internado por quase cinco meses no hospital Copa Star , no Rio de Janeiro , Olivetto faleceu em decorrência de complicações pulmonares, que evoluíram para falência múltipla de órgãos. Seu trabalho e estilo criativo transformaram a publicidade nacional, tornando-o uma figura icônica do setor.

Responsável por criações memoráveis como o garoto Bombril , o primeiro sutiã da Valisere e a Democracia Corinthiana, Olivetto acumulou mais de 50 Leões no Festival de Cannes, além de ter sido o único latino-americano a ganhar um Clio, em 2001. Ele iniciou sua carreira aos 18 anos e, ao longo das décadas, ajudou a moldar a publicidade brasileira, sempre mesclando irreverência e sensibilidade.

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Olivetto era um publicitário que não se limitava ao mundo corporativo. Seu apreço pela simplicidade e pelo que chamava de “útil ao fútil” o fez frequentar tanto bares populares quanto eventos sofisticados, sempre misturando suas experiências de vida em suas criações. Essa abordagem multidimensional o tornou um narrador carismático de si mesmo, um garoto-propaganda que sabia se vender e vender suas ideias com maestria.

Criador de comerciais icônicos, como o cachorro da Cofap e o casal Unibanco, ele se destacava não apenas pela inovação, mas também pela profundidade de suas mensagens. Além disso, foi vice-presidente de marketing do Corinthians e um dos idealizadores da Democracia Corinthiana nos anos 1980, movimento que se tornou um marco de resistência política e social no futebol brasileiro.

Washington Olivetto deixa sua esposa, Patricia Viotti, e três filhos: Homero, Theo e Antonia. Seu legado vai além das campanhas publicitárias, sendo lembrado como um visionário que redefiniu o conceito de propaganda no Brasil, sempre com um toque de humor e humanidade. Sua morte encerra um capítulo brilhante na história da publicidade mundial.


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