Os candidatos à Prefeitura de São Paulo, Guilherme Boulos (PSol) e Tabata Amaral (PSB), recorreram à Justiça contra o adversário Pablo Marçal (PRTB). Eles entraram com ações na Justiça acusando Marçal de abusar do poder econômico e de realizar arrecadação ilícita ao prometer apoio a candidatos a vereador em troca de doações de R$ 5 mil via Pix.
A polêmica surgiu após a divulgação de um vídeo no sábado (28), onde Marçal oferece apoio a candidatos que contribuírem financeiramente para sua campanha. No vídeo, ele afirma que os interessados devem preencher um formulário e que, após a doação, receberão um vídeo dele, prometendo apoio.
Na ação protocolada neste domingo, a equipe jurídica de Boulos argumenta que a prática de “venda de apoio político” é ilegal e fere as normas de arrecadação previstas pela legislação eleitoral.
O documento destaca que Marçal, ao fazer essa proposta em sua conta do Instagram, que possui 5,4 milhões de seguidores, utilizou indevidamente os meios de comunicação social para promover a arrecadação ilícita.
O PSB de Tabata Amaral também reforçou a possível ilegalidade da prática dentro da ação, a qual afirma que Marçal está “vendendo o seu prestígio em troca de dinheiro”. O partido caracteriza a proposta como “ilícita e abusiva”, afirmando que a ação compromete a integridade do processo eleitoral.
Ambas as ações pedem, em caráter liminar, a suspensão imediata do vídeo e do formulário disponível online que solicita as doações. O PSB destaca que “haverá um apoio fake, movido não por razões ideológicas, mas apenas financeiras, fraudando as eleições e ludibriando o eleitor brasileiro”.
A campanha de Pablo Marçal não se pronunciou sobre as ações até a publicação da reportagem. O conteúdo, contudo, pode ser atualizado se houver manifestação oficial do candidato.
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