Nesta época de seca , agravada pelos incêndios florestais que atingem grande parte do país, os prejuízos ao meio ambiente são incalculáveis, e a saúde também tem sido alvo de preocupação. Mas se engana quem pensa que só os humanos devem se cuidar. Os pets também sofrem os efeitos, principalmente da fumaça, presente em Brasília nos últimos dias.
O veterinário Mário Falcão, especialista em oftalmologia veterinária de pequenos animais, a fumaça das queimadas contém partículas finas ricas em substâncias químicas que podem causar uma série de problemas de saúde em cães e gatos. Os principais são irritação das vias respiratórias, inflamação ocular e as próprias doenças respiratórias.
“ A fumaça pode irritar o trato respiratório, causando tosse, espirros, respiração ofegante e desconforto. Pets, especialmente aqueles com problemas respiratórios preexistentes, como bronquite, asma felina, síndrome braquicefálica ou colapso traqueal em cães, podem ter suas condições agravadas ”, detalha Falcão.
E para os efeitos surgirem não é necessário um longo tempo de exposição à fumaça. “ A exposição por curto período já pode ser suficiente para causar irritação nas vias aéreas e nos olhos, principalmente em pets com saúde mais vulnerável, como filhotes, idosos ou animais com problemas respiratórios pré-existentes ”, diz o especialista, que ressalta ainda que mesmo animais saudáveis podem sofrer com desconfortos após uma breve exposição à fumaça.
Já a longo prazo, a exposição constante pode ter consequências mais graves nos pets, como doenças crônicas, danos pulmonares por causa das partículas tóxicas e até complicações cardiovasculares.
Além da fumaça, a seca também pode ter efeitos significativos na saúde dos pets, semelhante ao que ocorre com os humanos. A baixa umidade do ar pode causar desidratação, irritação das vias respiratórias e da pele, gerando tosse, espirros e desconforto, além de ressecar a pele e o pelo dos pets, causando coceira e descamação, e a hipertermia maligna, que pode até ser fatal.
Como se prevenir
O veterinário alerta para alguns cuidados que devem ser tomados para diminuir os impactos, como manter os pets em ambientes internos durante períodos de fumaça intensa; garantir acesso constante à água fresca, para evitar a desidratação; e reduzir o nível de atividade física dos animais, pois o aumento da respiração pode expor mais os pulmões às partículas tóxicas.
“ Fique atento a sinais de dificuldade respiratória, como tosse, respiração ofegante, ou olhos irritados, e busque orientação veterinária se notar algo incomum ”, orienta o especialista.
Especificamente para a seca, também é importante umidificar o ambiente, evitar passeios e exercícios nas horas mais quentes do dia e monitorar a pele do bichinho, inclusive com intervalos maiores entre os banhos, além do uso de produtos específicos para evitar irritações e ressecamento.
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