“Viúva Clicquot” (2024) apresenta uma história de resiliência e inovação, centrada na performance cativante de Haley Bennett como Barbe-Nicole Ponsardin, a mulher por trás de um dos Champagnes mais icônicos do mundo, o Veuve Clicquot . O filme, com uma duração de 90 minutos, tenta capturar os desafios pessoais e profissionais da viúva, comprimindo sua trajetória em uma narrativa que, embora eficiente, deixa um certo desejo por uma abordagem mais profunda.
O filme oscila entre diferentes momentos da vida de Barbe-Nicole, utilizando narrações que, por vezes, tornam a narrativa um pouco desordenada. No entanto, a cinematografia é um dos pontos altos da produção, evocando a estética dos exuberantes quadros franceses e transportando o espectador para as paisagens vinícolas do século XIX.
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Apesar de uma direção que busca equilíbrio entre eficiência e elegância, “Viúva Clicquot” carece de uma inspiração mais profunda ao explorar as conquistas de sua protagonista. A abordagem da história é um tanto diluída, particularmente ao enquadrar Barbe-Nicole dentro de um contexto que, por vezes, subestima sua evolução como empreendedora, focando mais em sua vida pessoal do que em seu papel inovador no mundo do vinho.
Ainda assim, o filme se destaca por dar atenção aos aspectos práticos da produção de vinhos, oferecendo uma visão intrigante do processo que levou ao sucesso da marca Clicquot. “Viúva Clicquot” é uma homenagem que, embora breve, é digna à mulher que transformou a indústria do champagne. O filme pode não ser revolucionário, mas, como um bom champagne, deixa um sabor agradável e duradouro para aqueles que o apreciam. A produção da Paris Filmes entra em cartaz nesta quinta-feira (15) nos cinemas da cidade.
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