Aquecimento global coloca em risco peixe mais caro do mundo

Parte da família dos peixes com maior valor comercial do mundo, o atum está correndo sérios riscos por causa das mudanças climáticas.
Parte da família dos peixes com maior valor comercial do mundo, o atum está correndo sérios riscos por causa das mudanças climáticas. . Foto: Reprodução: Flipar
Um deles é o atum-rabilho, utilizado em sushis e sashimis. Atualmente, é o peixe mais caro do mundo, superando significativamente outras espécies, como o atum-bonito. . Foto: Reprodução: Flipar
No entanto, a alta demanda e a pesca excessiva reduziram drasticamente a população do atum-rabilho, colocando a espécie à beira da extinção em 2010.. Foto: Reprodução: Flipar
Em 2019, o magnata do sushi Kiyoshi Kimura pagou US$ 3,1 milhões por um atum-rabilho de 278 kg em um leilão em Tóquio, estabelecendo o recorde do peixe mais caro da história.. Foto: Reprodução: Flipar
Nos últimos anos, esforços para pesca sustentável e combate à pesca ilegal resultaram em uma notável recuperação populacional, com o atum-rabilho-do-atlântico e do Pacífico saindo de categorias críticas de ameaça na lista da IUCN.. Foto: Reprodução: Flipar
Porém, agora as mudanças climáticas agora representam uma ameaça significativa para este peixe, afetando metabolismo, reprodução e migração dos atuns. . Foto: Reprodução: Flipar
Estes peixes, que podem atingir até 3 metros e viver 40 anos, migram milhares de quilômetros para desovar e caçar, mas seus padrões migratórios estão mudando devido ao aquecimento global.. Foto: Reprodução: Flipar
Com o aquecimento dos oceanos, o atum-rabilho está migrando para águas mais frias, como o litoral de Massachusetts e a Islândia, a uma velocidade de 4 a 10 km por ano. . Foto: Reprodução: Flipar
No Mediterrâneo, principal local de desova, temperaturas acima de 28 °C prejudicam o metabolismo e o crescimento dos jovens atuns, forçando-os a buscar novos habitats, como o golfo de Biscaia, situado entre a costa norte da Espanha e a costa sudoeste da França.. Foto: Reprodução: Flipar
Pesquisas lideradas por Clive Trueman, da Universidade de Southampton, no Reino Unido, utilizam otólitos — estruturas no ouvido dos peixes — para entender como a temperatura afeta seu metabolismo e crescimento.. Foto: Reprodução: Flipar
Em 2024, o Mediterrâneo registrou temperaturas recordes, ultrapassando o limite crítico para o desenvolvimento do atum-rabilho.. Foto: Reprodução: Flipar
Essa mudança pode levar os atuns jovens a serem capturados em locais de pesca tradicional de outras espécies, como sardinhas e anchovas.. Foto: Reprodução: Flipar
Segundo o professor, a principal causa dessa mudança de rota vem do fato de que os atuns passam a maior parte do tempo nos 20 metros superiores da coluna de água, justamente onde mais aquece.. Foto: Reprodução: Flipar
As mudanças nos padrões migratórios do atum-rabilho também afetam comunidades pesqueiras que dependem dessas espécies para sua subsistência.. Foto: Reprodução: Flipar
No Mediterrâneo, muitos pescadores enfrentam dificuldades com a necessidade de navegar mais longe para capturar atuns, devido à alteração das rotas migratórias.. Foto: Reprodução: Flipar
O atum-rabilho, também chamado de bluefin, tem três espécies principais: do Atlântico, Pacífico e do Sul. . Foto: Reprodução: Flipar
O atum-rabilho-do-atlântico se alimenta nas costas da América do Norte, Europa e África, desovando no Golfo do México e no Mediterrâneo. . Foto: Reprodução: Flipar
O do Pacífico desova no oeste do Pacífico e migra até a Califórnia, enquanto o do Sul vive em águas temperadas perto da Austrália, desovando ao sudeste de Java, na Indonésia.. Foto: Reprodução: Flipar