Rei Momo do carnaval 2025 é eleito no Rio de Janeiro; figura folclórica tem longa história na folia

O Rei Momo do Carnaval 2025 no Rio de Janeiro será, mais uma vez, Kaio Mackenzie, de 28 anos, comerciante e torcedor da Mangueira. Seu nome foi anunciado durante uma festa, na Cidade do Samba, em 22/11.
O Rei Momo do Carnaval 2025 no Rio de Janeiro será, mais uma vez, Kaio Mackenzie, de 28 anos, comerciante e torcedor da Mangueira. Seu nome foi anunciado durante uma festa, na Cidade do Samba, em 22/11. . Foto: Reprodução: Flipar
A festa teve apresentação do carnavalesco e pesquisador Milton Cunha. No júri, 20 nomes de profissionais de diversas áreas da cultura e do entretenimento, que têm alguma relação com o carnaval. E também houve votação popular pelo portal G1. . Foto: Reprodução: Flipar
Na mesma festa também foram escolhidos a Rainha do Carnaval, Thuane Werneck (foto), duas princesas, um vice-rei, um cidadão não binário, um muso e uma musa da folia. . Foto: Reprodução: Flipar
A origem do nome Momo remonta à mitologia grega: a deusa Momo, personificação do sarcasmo e da ironia, patrona de poetas e escritores. . Foto: Reprodução: Flipar
Reza a lenda que o espírito satírico e zombeteiro da deusa Momo, que atingia outros deuses, resultou na sua expulsão do Olimpo. . Foto: Reprodução: Flipar
Na antiguidade, sua figura era representada de máscara, com um cetro e balançando guizos. . Foto: Reprodução: Flipar
De acordo com registros antigos, a figura de Momo (no gênero masculino) foi incluída em cerimônias. Entre elas estavam as festas dionisíacas, do Deus do Vinho, onde era representado com um corpanzil para representar a fartura. . Foto: Reprodução: Flipar
Desde o século XVI encontram-se referências ao Rei Momo em celebrações cristãs na Espanha. Ele aparece também como rei da folia em diversas tradições dos séculos subsequentes em outros países da Europa ocidental. . Foto: Reprodução: Flipar
A primeira personificação do Rei Momo no Brasil é de 1910 em uma opereta de Benjamin de Oliveira, conhecido como o primeiro palhaço negro do país, no Circo Spinelli. . Foto: Reprodução: Flipar
Mas foi somente na década de 1930 que o Rei Momo despontou com a figura carnavalesca que conhecemos na atualidade.. Foto: Reprodução: Flipar
Em 1933, um grupo de jornalistas do periódico A Noite, do Rio de Janeiro, criou um boneco de papelão para desfilar pela então capital da República e, ao fim, ser colocado em um trono a liderar a folia. Eles o chamaram de Rei Momo I e Único. . Foto: Reprodução: Flipar
No ano seguinte, a equipe de A Noite decide substituir o boneco de papelão por uma pessoa real: o cronista Francisco de Moraes Cardoso. . Foto: Reprodução: Flipar
Moraes Cardoso inaugurou a tradição carioca e seu reinado momesco durou até sua morte, em 1948. . Foto: Reprodução: Flipar
Dos anos seguintes à morte do jornalista até o início da década de 70, o Rei Momo foi escolhido por indicação de agremiações carnavalescas e veículos de imprensa. . Foto: Reprodução: Flipar
Em 1972, um decreto municipal determinou que o Rei Momo passasse a ser definido por concurso público. . Foto: Reprodução: Flipar
Outras cidades pelo Brasil também adotaram a coroação do Rei Momo. Santos foi a pioneira no estado de São Paulo, em 1934. Waldemar Esteves da Cunha, apelidado de o Magnânimo, foi o primeiro coroado no município e considerado o mais antigo do país até sua morte, aos 92 anos, em 2013. . Foto: Reprodução: Flipar
No Rio de Janeiro, que iniciou a tradição e se orgulha de ter o “Rei Momo I e Único”, Reynaldo de Carvalho, o Bola, reinou por nove anos seguidos (de 1987 a 1995), um recorde até hoje. . Foto: Reprodução: Flipar
Em 2004, um decreto do então governador César Maia acabou com a exigência de peso mínimo entre os requisitos para inscrição no concurso de Rei Momo. O argumento foi a política de combate à obesidade.. Foto: Reprodução: Flipar