Caça ilegal e seca matam dezenas de mamíferos aquáticos em cidade amazônica

A Sea Shepherd Brasil, ONG de defesa do oceano e da vida aquática, documentou a morte de 32 mamíferos aquáticos este ano em Coari, município do interior do Amazonas.
A Sea Shepherd Brasil, ONG de defesa do oceano e da vida aquática, documentou a morte de 32 mamíferos aquáticos este ano em Coari, município do interior do Amazonas. . Foto: Reprodução: Flipar
As mortes registradas foram de três espécies de animais aquáticos: boto-cor-de-rosa (Inia geoffrensis), tucuxi (Sotalia fluviatilis) e peixe-boi-amazônico (Trichechus inunguis). . Foto: Reprodução: Flipar
Em 2024, a ONG constatou a morte de 21 tucuxis, cinco botos-vermelhos, dois golfinhos não identificados e quatro peixes-bois. . Foto: Reprodução: Flipar
Segundo a Sea Shepherd Brasil , as mortes estão relacionadas à seca e à atuação predatória de seres humanos. . Foto: Reprodução: Flipar
A ONG, com a ajuda de autoridades ambientais, tem feito um monitoramento permanente em Coari em razão da seca histórica que afeta a região desde 2023. . Foto: Reprodução: Flipar
Somada à ação humana, a seca já provocou a morte de 121 mamíferos aquáticos em menos de dois anos. . Foto: Reprodução: Flipar
Em Tefé, outra cidade amazonense, a junção desses dois fatores resultou na morte de 209 botos-vermelhos e tucuxis, espécie de golfinho de água doce. . Foto: Reprodução: Flipar
Carolina Castro, diretora de mídia do Sea Shepherd Brasil, destacou ao portal “Fauna News” que a ONG estabeleceu em 2024 um monitoramento de proteção aos animais da região. . Foto: Reprodução: Flipar
‘Estima-se que a cada dia em campo, a equipe tenha prevenido a morte de cerca de 15 peixes-boi”, ressaltou Castro. . Foto: Reprodução: Flipar
A caça a peixes-bois na região produz consequências fatais indiretas para as outras espécies. . Foto: Reprodução: Flipar
Somente em um dia (29/10), a organização encontrou a carcaça de quatro animais aquáticos à deriva no rio Coari: um tucuxi e três botos-vermelhos. . Foto: Reprodução: Flipar
Nestes casos, a hipótese é que as mortes tenham ocorrido por encalhe em bancos de lama entre os rios Coari e Urucu. Essas formações são decorrência da seca nos rios. . Foto: Reprodução: Flipar
Há diversos registros de botos e tucuxis mortos com feridas pelo corpo, sem cauda, com sinais de arpão e de uso de redes, o que sugere que foram mortos durante a caça a peixes-bois na região. . Foto: Reprodução: Flipar
O peixe-boi-amazônico é uma espécie de mamífero de água doce específico do estado. A União Internacional para a Conservação da Natureza (IUCN) classifica o animal como vulnerável à extinção. . Foto: Reprodução: Flipar
A caça a essa espécie é proibida no Brasil desde 1967 pela Lei de Proteção à Fauna. . Foto: Reprodução: Flipar
Apesar da proibição, em muitas regiões amazônicas a carne do peixe-boi ainda é consumida, o que estimula a caça ilegal do animal. . Foto: Reprodução: Flipar
Desde a época da colonização portuguesa no Brasil há registro da caça ao peixe-boi-amazônico, o que provocou uma queda expressiva na população da espécie com o passar dos séculos. . Foto: Reprodução: Flipar
O peixe-boi-amazônico tem pigmentação acinzentada no dorso e a barriga possui manchas de coloração variada, entre cinza-claro, branco e rosado. . Foto: Reprodução: Flipar
A espécie é menor que as outras de peixe-boi (420kg em média o adulto) e habita boa parte dos rios da bacia amazônica. Com gestação que dura 12 meses, é um tipo de animal solitário, raramente observado em bandos. . Foto: Reprodução: Flipar
Segundo os dados do censo de 2022 do IBGE, Coari tem 73.820 habitantes. A cidade situa-se na margem esquerda do rio Solimões. . Foto: Reprodução: Flipar