Condenado à execução, homem passa 5 décadas no corredor da morte e agora é absolvido!

O ex-boxeador japonês Iwao Hakamada, de 88 anos, foi absolvido nesta quinta-feira (26/09) em um novo julgamento referente a quatro assassinatos pelos quais havia sido condenado em 1966.
O ex-boxeador japonês Iwao Hakamada, de 88 anos, foi absolvido nesta quinta-feira (26/09) em um novo julgamento referente a quatro assassinatos pelos quais havia sido condenado em 1966.. Foto: Reprodução: Flipar
Ele havia sido sentenciado à pena de morte há 56 anos e passou 48 na cadeia. As informações são da agência Associated Press (AP).. Foto: Reprodução: Flipar
Com isso, Hakamada se tornou o prisioneiro que mais tempo aguardou no corredor da morte em todo o mundo antes de ser considerado inocente.. Foto: Reprodução: Flipar
Absolvido pelo Tribunal Distrital de Shizuoka, Hakamada se tornou o 5º condenado à morte a ser inocentado em um novo julgamento na justiça criminal japonesa desde o fim da Segunda Guerra Mundial.. Foto: Reprodução: Flipar
O juiz Koshi Kunii, presidente do tribunal, declarou que foram identificadas várias falsificações nas evidências, de acordo com informações da emissora japonesa NHK.. Foto: Reprodução: Flipar
O homem havia sido condenado pelo assassinato a facadas do próprio chefe, da esposa e dos dois filhos do casal. Os corpos foram encontrados após um incêndio. . Foto: Reprodução: Flipar
A sentença de morte do ex-boxeador, decretada em 1968, nunca ocorreu devido a sucessivos recursos e à tramitação de um novo julgamento.. Foto: Reprodução: Flipar
O Tribunal Superior do Japão levou 27 anos para negar sua primeira apelação e a realização de um novo julgamento.. Foto: Reprodução: Flipar
A segunda apelação, feita em 2008 pela irmã de Hakamada, finalmente resultou em uma decisão favorável em 2023, permitindo enfim um novo julgamento.. Foto: Reprodução: Flipar
Em 2014, aos 83 anos, Hakamada chegou a ser solto quando surgiram novas evidências sugerindo que a condenação havia sido baseada em provas manipuladas pelos investigadores.. Foto: Reprodução: Flipar
Libertado, ele permaneceu em prisão domiciliar devido à sua saúde debilitada e ao baixo risco de fuga em função da idade avançada.. Foto: Reprodução: Flipar
Antes do veredicto final, os promotores insistiram novamente pela pena de morte em uma audiência no tribunal de Shizuoka, realizada em maio deste ano.. Foto: Reprodução: Flipar
O pedido gerou críticas de grupos de direitos humanos, que acusaram as autoridades de tentarem prolongar o processo judicial.. Foto: Reprodução: Flipar
Seus defensores afirmam que os quase 50 anos de prisão teriam afetado gravemente sua saúde mental.. Foto: Reprodução: Flipar
Praticamente todo o tempo que passou preso Hakamada ficou em uma solitária, temendo ser executado a qualquer momento.. Foto: Reprodução: Flipar
Um elemento crucial para a absolvição de Hakamada foi a descoberta de cinco peças de roupas com manchas, que os investigadores alegaram ter sido usadas por ele durante o crime. Escondidas em um tanque de pasta de soja fermentada, essas roupas só foram achadas mais de um ano após sua prisão.. Foto: Reprodução: Flipar
Em 2023, experimentos científicos comprovaram que roupas submersas na substância por tanto tempo escureceriam a ponto de tornar as manchas invisíveis, levantando a possibilidade de que as evidências tivessem sido manipuladas.. Foto: Reprodução: Flipar
Além disso, as calças apresentadas pelos promotores como prova eram pequenas demais para ele, e não lhe serviram quando as vestiu durante o julgamento.. Foto: Reprodução: Flipar
Entre os países do G7, apenas Japão e Estados Unidos ainda praticam a pena de morte. Segundo uma pesquisa feita pelo governo japonês, a maioria dos cidadãos apoia a manutenção das execuções.. Foto: Reprodução: Flipar
No Japão, as penas de morte acontecem de forma sigilosa, e os prisioneiros só são informados de que serão enforcados na manhã da execução.. Foto: Reprodução: Flipar