Conheça Marietta Baderna, enredo da União da Ilha para o Carnaval 2025 Home Último Segundo Parceiros Flipar Conheça Marietta Baderna, enredo da União da Ilha para o Carnaval 2025 Flipar 13/06/2024 20:41 A União da Ilha do Governador levará para a Marquês de Sapucaí, em 2025, o enredo “BA-DER-NA! Maria do Povo”, do carnavalesco Marcus Ferreira. A tradicional escola irá se aprofundar na história de Marietta Baderna, bailarina italiana que se tornou símbolo de resistência e expressão popular no século XIX.. Foto: Reprodução: Flipar A agremiação da Ilha do Governador disputa a Série Ouro, segunda divisão do carnaval carioca, e tenta retornar à elite novamente. A bailarina é responsável direta pelo surgimento do termo baderna, que só existe no dicionário do português brasileiro, pelo furor que causava na época no Rio de Janeiro.. Foto: Reprodução: Flipar A escola de samba pede, em sua sinopse, que a menina das sapatilhas de ponta, transforme a Avenida em seu eterno palco. Além disso, vai mostrar os passos da maior estrela do lírico de um Rio de Janeiro ainda Imperial, conhecida por unir a cultura erudita com danças populares.. Foto: Reprodução: Flipar Nascida em Castel San Giovanni, na Itália, no dia 5 de julho de 1828, Franca Anna Maria Mattea Baderna desde cedo teve inclinação para dança. Foi aluna, então, do coreógrafo Carlo de Blasi e tornou-se membro do corpo de baile do Teatro Alla Scala de Milão.. Foto: Reprodução: Flipar Baderna foi primeira bailarina da Ópera de Milão e considerada uma das maiores da Europa já na adolescência, quando arrebatava as plateias dos principais teatros da Itália e da Inglaterra. Em solo britânico, teve uma temporada de sucesso, em 1847, no Covent Garden.. Foto: Reprodução: Flipar Quando retornou à Itália, Baderna viu seu país dividido e uma parte sob dominação da Áustria. A bailarina chegou a contribuir financeiramente para as conspirações patrióticas e pela unificação. Ela e seu pai eram seguidores de Giuseppe Mazzini, líder do movimento republicano, que foi derrotado.. Foto: Reprodução: Flipar Baderna desembarcou no Brasil e aceitou um convite para se apresentar com sua companhia no Teatro São Pedro de Alcântara (atual Teatro João Caetano).. Foto: Reprodução: Flipar Diferentemente deste pensamento, Baderna era uma democrata que no meio de um país escravista começou a frequentar as festas dos negros. Ela, então, ficou fascinada com as coreografias e trouxe os movimentos para o balé. . Foto: Reprodução: Flipar Essa característica trouxe uma identificação das classes mais populares com suas apresentações. Baderna foi essencial para a popularização do balé e dos teatros, que antes era exclusivos da elite.. Foto: Reprodução: Flipar A bailarina chegou a participar dessas danças ao ar livre, em locais como o Largo da Carioca, com os próprios escravos. Algo considerado um escândalo para a sociedade escravagista e repleta de preconceitos.. Foto: Reprodução: Flipar Em meio aos ataques, Marietta e os fãs revoltados eram defendidos por figuras como o escritor José de Alencar e o respeitado poeta e editor Francisco de Paula Brito.. Foto: Reprodução: Flipar Diante disso, a bailarina sofria represálias nas óperas, sua dança era deixada para o final ou então não renovavam o seu contrato. Os fãs, por sua vez, protestavam contra a direção dos teatros, boicotavam os espetáculos e faziam manifestações radicais. . Foto: Reprodução: Flipar Marietta Barnetta tinha um estilo transgressor, que unia a força da cultura negra, do feminino, da sexualidade e da arte popular. Foi pioneira também no ensino de dança no Brasil, com cursos profissionalizantes em 1851.. Foto: Reprodução: Flipar Viúva aos 34 anos, ela passou um tempo longe dos palcos. Em 1862, se apresentou na França, no Théatre imperial Châtelet (em Paris) com Les Clowns Du Diable, na opereta Rothomago, o país das fadas. Esteve também no Grand Ballet Des Dentelles e no Grand Théatre de Bordeaux. . Foto: Reprodução: Flipar No Rio de Janeiro, Baderna constituiu família com o Maestro Gioacchino Giannini (Joaquim Giannini), tendo quatro filhos: Antonio, Henriqueta, Fanny e Mario. Foi sepultada no Cemitério de São Francisco Xavier no dia 4 de janeiro de 1892 e deixou um legado importante de resistência e amor à arte. . Foto: Reprodução: Flipar Depois de longos anos de pesquisa, o escritor italiano Silvério Corvisieri publicou uma biografia de Marietta Baderna, que foi lançada no Brasil em 2011. . Foto: Reprodução: Flipar No último carnaval, a União da Ilha do Governador levou para a Marquês de Sapucaí o enredo: “Doum e Amora: crianças para transformar o mundo!” O tema foi inspirado livremente no livro “Amoras”, do rapper Emicida, e em demais contos infantis do universo da Literatura Negra brasileira.. Foto: Reprodução: Flipar Apesar do bom desfile, elogiado pela crítica especializada, a escola insulana não conseguiu disputar o título e ficou apenas na 7ª colocação. Na ponta da tabela, a Unidos de Padre Miguel retornou ao Grupo Especial após 52 anos. . Foto: Reprodução: Flipar A agremiação foi fundada em 7 de março de 1953 pelos amigos Maurício Gazelle, Quincas e Orphylo, que estavam na Estrada do Cacuia, principal local de desfile do carnaval da Ilha do Governador. Ao longo da história, se tornou uma das escolas mais queridas, com enredos alegres e sambas emblemáticos.. Foto: Reprodução: Flipar Um dos grandes nomes da história da escola foi o ex-intérprete Aroldo Melodia, que cantou sambas que entraram para a história do carnaval carioca. Além do seu filho, Ito Melodia, que seguiu o caminho do pai e também tem identificação com a escola, apesar de atualmente defender a Unidos da Tijuca, e o eterno Quinho.. Foto: Reprodução: Flipar A escola foi rebaixada em 2020 e, desde então, ainda não conseguiu retornar ao Grupo Especial. Em 2025, a aposta em um enredo rico e pautado em uma personagem marcante, para tentar retornar à elite do carnaval carioca. Na foto, o desfile de 2014, quando a escola ficou na 4ª colocação.. Foto: Reprodução: Flipar Carnaval 2025 Marietta Baderna União da Ilha