Marquês de Sapucaí completa 40 anos de história no Carnaval de 2024

O Carnaval de 2024 será especial para todos os sambistas e apaixonados pelas agremiações do Rio de Janeiro. A Marquês de Sapucaí, elaborada pelo eterno arquiteto Oscar Niemeyer, completa 40 anos de existência. Com isso, o Flipar relembra como foi o projeto, a construção e as campeãs dessa nova era do carnaval carioca.
O Carnaval de 2024 será especial para todos os sambistas e apaixonados pelas agremiações do Rio de Janeiro. A Marquês de Sapucaí, elaborada pelo eterno arquiteto Oscar Niemeyer, completa 40 anos de existência. Com isso, o Flipar relembra como foi o projeto, a construção e as campeãs dessa nova era do carnaval carioca.. Foto: Reprodução: Flipar
Antes da construção do Sambódromo, o desfile das escolas de samba ocupou diferentes ruas da cidade, passando pela Praça Onze, Campo de Santana, e Avenida Rio Branco. Esta avenida abrigou o espetáculo até 1962, quando o desfile foi transferido para a Presidente Vargas.. Foto: Reprodução: Flipar
Somente em 1973, o desfile foi transferido para a Avenida Antônio Carlos no sentido Praça XV – Avenida Beira-Mar. Em 1976, as arquibancadas foram montadas sobre o Mangue, na Avenida Presidente Vargas. Dois anos depois, o desfile foi, enfim, transferido para a Rua Marquês de Sapucaí, com a montagem improvisada das arquibancadas, o que justificava a necessidade da criação de um palco à altura da festa. . Foto: Reprodução: Flipar
O Sambódromo da Marquês de Sapucaí foi idealizado por Oscar Niemeyer e implantado durante o primeiro governo fluminense de Leonel Brizola (1983-1987). O intuito era dotar a cidade de um equipamento urbano permanente para a exibição do tradicional espetáculo do desfile das escolas de samba.. Foto: Reprodução: Flipar
Sua estrutura, em peças pré-moldadas de concreto, mede cerca de 700 metros de comprimento. Desde a marcação do início até o final, a pista mede cerca de 560 metros de comprimento e 13 metros de largura e sua capacidade é de aproximadamente 60 mil espectadores.. Foto: Reprodução: Flipar
A inauguração aconteceu no carnaval de 1984. Em 2 de março, coube ao Império do Marangá, escola de Jacarepaguá, inaugurar o Sambódromo em um desfile oficial, na disputa do Grupo 1-B. A agremiação atrasou em 45 minutos, não recebendo os cinco pontos referentes à Concentração e foi rebaixada.. Foto: Reprodução: Flipar
Em 2012, um acordo permitiu a demolição da antiga fábrica de cerveja vizinha à passarela, para a construção de quatro novos blocos de arquibancada no setor par (2, 4, 6 e 8). Na sexta-feira de carnaval, com as escolas de acesso já desfilando, ainda havia serviços em andamento.. Foto: Reprodução: Flipar
Com a modernização das transmissões dos desfiles, a torre de TV próxima à Praça da Apoteose tornou-se desnecessária, além de um obstáculo para alegorias cada vez mais altas. Ela, então, foi derrubada. . Foto: Reprodução: Flipar
Na Praça da Apoteose, existe um grande arco parabólico de concreto com um pendente ao centro. Este arco se tornou um símbolo do sambódromo do Rio e mais um ícone arquitetônico criado pelo arquiteto Oscar Niemeyer.. Foto: Reprodução: Flipar
A ideia era criar um espaço na extremidade final da passarela, onde ao final do desfile as escolas de samba e seus participantes atingiriam o esplendor. A dispersão seria o momento de consagração do desfile, com uma festa monumental e gloriosa.. Foto: Reprodução: Flipar
A Rede Globo, que transmitia os desfiles até então, se recusou a cobrir a festa em 1984 por não concordar com a divisão dos desfiles do grupo principal em dois dias. A TV Manchete, então, fez a transmissão do evento. . Foto: Reprodução: Flipar
Com a cobertura dos desfiles, a emissora de Adolpho Bloch ganhou da Globo em audiência, algo inédito para aquele momento. No ano seguinte, a emissora de Roberto Marinho voltou a transmitir o Carnaval. E permanece até hoje.. Foto: Reprodução: Flipar
Desde 2021, o Sambódromo é tombado pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional. Além disso, já foi palco de diversos shows de artistas brasileiros e internacionais. . Foto: Reprodução: Flipar
Em janeiro, a Liga Independente das Escolas de Samba (Liesa) organiza os ensaios técnicos na Sapucaí. Com isso, as agremiações têm contato direto com o público, já que o evento é gratuito e faz um teste antes do desfile oficial. As agremiações da Série Ouro, segunda divisão do carnaval carioca, também realizam um ensaio no Sambódromo antes do carnaval. . Foto: Reprodução: Flipar
Na reta final dos ensaios técnicos tradicionalmente, acontece a lavagem do Sambódromo. Bem perto do Carnaval, o ritual é realizado por baianas das escolas de samba que lavam a Avenida com ervas, água de cheiro e água benta. A ideia é abrir os caminhos para os desfiles e trazer sorte e vibrações positivas para as agremiações. Foto: Reprodução: Flipar
Na estreia do Sambódromo, ficou definido no regulamento, que o carnaval teria uma campeã de cada dia e que na outra semana, uma das duas ficaria com a alcunha de supercampeã. A Portela homenageou três importantes personalidades de sua história: Paulo da Portela, Natal da Portela e Clara Nunes e ficou com um dos títulos. . Foto: Reprodução: Flipar
No outro dia, a Mangueira ficou com o título ao homenagear o compositor Braguinha. Campeã do desfile de segunda-feira, a verde e rosa conquistou seu décimo quarto título ao sagrar-se também supercampeã. Campeã do desfile de domingo, a Portela ficou em segundo lugar com dois pontos de diferença para a escola da zona norte.. Foto: Reprodução: Flipar
No ano seguinte, a Mangueira foi campeã com uma homenagem ao cantor e compositor baiano Dorival Caymmi, desenvolvida pelo carnavalesco Júlio Mattos. Um dos destaques do desfile foi o samba-enredo composto por Lula, Paulinho e Ivo Meirelles. Contrariando recomendações médicas, Caymmi participou da apresentação, desfilando em uma das alegorias da escola.. Foto: Reprodução: Flipar
A Imperatriz Leopoldinense voltou a ficar com o título, em 1994. O enredo era sobre uma história do Século XVI, em que cerca de cinquenta indígenas brasileiros foram transportados para a França. O intuito era representarem seus hábitos e costumes em uma festa para o Rei Henrique II e a Rainha Catarina de Médici. Rosa Magalhães foi a responsável pelo desenvolvimento.. Foto: Reprodução: Flipar
A Imperatriz foi bicampeã, em 1995, com um desfile sobre a história de uma fracassada expedição científica organizada pelo Imperador Dom Pedro II e realizada no Ceará, no Século XX. Ela contou com quatorze camelos importados da Argélia que não resistiram ao clima do sertão brasileiro sendo substituídos por jegues nordestinos. Rosa Magalhães se destacou novamente, assim como o coreógrafo Fábio de Mello, na comissão de frente.. Foto: Reprodução: Flipar
O Carnaval de 1998 teve duas campeãs. A primeira delas foi a Mangueira, que homenageou o cantor e compositor Chico Buarque de Hollanda. O enredo foi desenvolvido pelo carnavalesco Alexandre Louzada, e o desfile contou com a participação de diversos famosos, como Maria Bethânia, Gilberto Gil, Nana Caymmi, Ney Matogrosso, entre outros.. Foto: Reprodução: Flipar
A Imperatriz voltou a vencer o carnaval, desta vez em 1999, novamente com Rosa Magalhães. A agremiação de Ramos realizou um desfile sobre a missão de pintores holandeses no Brasil do século XVII, durante o governo de Maurício de Nassau em Pernambuco, para catalogar a natureza do país. . Foto: Reprodução: Flipar
Após quatro vice-campeonatos consecutivos, a Beija-Flor voltou a conquistar o título de campeã do carnaval carioca, em 2003. A escola de Nilópolis realizou um desfile-manifesto contra a fome e outras mazelas brasileiras, e em busca da paz. Foram homenageados diversos líderes que lutaram contra a opressão, como Zumbi dos Palmares, Tiradentes e Lampião.. Foto: Reprodução: Flipar
O bicampeonato da Beija-Flor veio com um desfile sobre a preservação da Amazônia e as riquezas da região de Manaus. Quinta escola da segunda noite, a escola nilopolitana desfilou debaixo de chuva forte, mas ficou com o título, com o enredo desenvolvido pela Comissão de Carnaval: Cid Carvalho, Fran Sérgio, Laíla, Shangai e Ubiratan Silva. Foto: Reprodução: Flipar
Última escola a se apresentar, em 2005, a Beija-Flor conquistou o tri com um desfile sobre as sete missões jesuíticas no Rio Grande do Sul. A escola recebeu patrocínio do estado gaúcho, e a apresentação teve alas e alegorias dramatizadas. Elas retrataram, entre outras passagens, a via crúcis de Jesus Cristo e o assassinato de crianças a mando de Herodes.. Foto: Reprodução: Flipar
A Unidos de Vila Isabel conquistou seu segundo título de campeã na história do carnaval, em 2006. A escola de Noel realizou um desfile sobre a latinidade, retratou as belezas e riquezas da América Latina e homenageou personalidades como Carmen Miranda e Simón Bolívar. Foi desenvolvido pelo carnavalesco Alexandre Louzada.. Foto: Reprodução: Flipar
Dois anos depois do tri, a Beija-Flor voltou a erguer a taça. Desta vez ao abordar o legado do povo africano, da África até o Brasil. Foram retratados o continente africano e suas belezas. Foto: Reprodução: Flipar
Depois de um longo jejum de 16 anos, o Salgueiro conquistou seu nono título. A escola da Tijuca realizou um desfile sobre o tambor, abordando os rituais africanos e os projetos sociais do Brasil, como o AfroReggae e a Timbalada de Carlinhos Brown. A última alegoria do desfile do carnavalesco Renato Lage reuniu todos os mestres de bateria do Grupo Especial numa homenagem a Mestre Louro, falecido no ano anterior. . Foto: Reprodução: Flipar
A Beija-Flor, em 2011, optou por homenagear um dos maiores cantores da história da música popular brasileira. Trata-se do rei Roberto Carlos, que esteve presente no desfile e levou o público ao delírio. Na apuração, a agremiação de Nilópolis conquistou mais uma estrela para o seu pavilhão. . Foto: Reprodução: Flipar
A Unidos da Tijuca conquistou seu terceiro título de campeã do carnaval carioca, em 2012, com um desfile em homenagem aos cem anos do nascimento do cantor Luiz Gonzaga, morto em 1989. Penúltima escola da segunda noite, a Tijuca apresentou o enredo desenvolvido por Paulo Barros e ficou com o troféu.. Foto: Reprodução: Flipar
Com um enredo sobre o contato do homem com o campo, a Unidos de Vila Isabel conquistou o título do carnaval de 2013. A história foi contada pela consagrada carnavalesca Rosa Magalhães, a maior vencedora da era Sambódromo, com seis títulos. Os outros cinco foram com a Imperatriz Leopoldinense. . Foto: Reprodução: Flipar
Em 2014, a Unidos da Tijuca voltou a vencer, com mais uma homenagem, desenvolvida por Paulo Barros. Um tributo ao piloto Ayrton Senna, morto em 1994. No desfile, diversos personagens como Sonic, The Flash e Dick Vigarista se juntavam a atletas como Usain Bolt e invenções do homem como o trem bala e a internet e disputavam uma corrida com Senna, o grande vencedor.. Foto: Reprodução: Flipar
Com uma homenagem à Guiné Equatorial, em 2015, que causou polêmica, a Beija-Flor voltou a vencer o carnaval. A escola exaltou as belezas e riquezas naturais do país, com um enredo desenvolvido pela comissão de carnaval, formada por André Cezari, Bianca Behrends, Cláudio Russo, Fran Sérgio, Laíla, Ubiratan Silva e Victor Santos. . Foto: Reprodução: Flipar
Em 2016, a Mangueira voltou a sua tradição de homenagear grandes artistas da cultura nacional. Desta vez, foi a cantora Maria Bethânia, que esteve no desfile, trazendo a força de Iansã e carimbando mais um título para a verde e rosa. Este foi o primeiro título do carnavalesco Leandro Vieira, que era estreante no Grupo Especial. . Foto: Reprodução: Flipar
A Portela quebrou o jejum de 33 anos sem vencer o carnaval, em 2017, com um enredo desenvolvido por Paulo Barros. O desfile versou sobre os rios de todo o mundo. Uma das alegorias lembrou o Rio Doce, atingido pelo rompimento de uma barragem em Mariana, município de Minas Gerais, em 2015.. Foto: Reprodução: Flipar
A Mocidade terminou em segundo lugar, um décimo a menos que a campeã, com um enredo sobre o Marrocos. Cerca de um mês depois, a Liesa divulgou as justificativas dos julgadores. Valmir Aleixo, do quesito Enredo, descontou um décimo pela falta de uma destaque de chão. Ela seria Camila Silva, que foi promovida à Rainha de Bateria. Com o recurso aceito, a escola também foi considerada campeã de 2017.. Foto: Reprodução: Flipar
A Beija-Flor conquistou seu 14.º título de campeã do carnaval carioca, em 2018. O desfile traçou um paralelo entre a obra Frankenstein (que completou 200 anos) e as mazelas sociais do Brasil. A escola de Nilópolis abdicou do luxo que a caracterizou nos anos anteriores e apostou em uma estética realista.. Foto: Reprodução: Flipar
Depois de 22 anos sem título e um rebaixamento, a Imperatriz Leopoldinense conquistou seu nono título na elite do carnaval, O enredo de Leandro Vieira foi inspirado em cordéis de autores nordestinos, que narram histórias fantásticas sobre a chegada do cangaceiro Lampião ao céu e ao inferno. Ele mesclou fatos históricos e uma pesquisa iconográfica baseada na estética regional com o conteúdo delirante dos libretos populares. Foto: Reprodução: Flipar
Em 2016, a passarela sediou a competição de tiro com arco e a chegada da maratona durante os Jogos Olímpicos de Verão de 2016. Essas competições exigiram que a passarela passasse por uma reforma ao longo de 2011, com a demolição de alguns camarotes. Com isso, a passarela passou a ter uma simetria quase total entre seus dois lados.. Foto: Reprodução: Flipar
Em comemoração aos 40 anos do Sambódromo do Rio,Anitta fará um show de abertura no sábado (17), dia do Desfile das Campeãs, com atrações surpresas. Os seguidores especulam ser Alcione, Zeca Pagodinho, Alexandre Pires e Pretinho da Serrinha.. Foto: Reprodução: Flipar