Alvo de um ataque sem precedentes do grupo extremista Hamas no dia 7 de outubro, Israel tem bunkers antibomba espalhados por todo o seu território.
Desde a sua fundação em 1948, o estado de Israel lida com ameaças à segurança de seus cidadãos.
Diante dessa realidade bélica, a legislação local exige desde 1951 a construção dessas estruturas protetoras.
A estimativa do Ministério de Defesa israelense é de que existam cerca de 1,5 milhão desses locais no país - em torno de uma instalação do tipo para cada dez habitantes.
Desde a ofensiva terrorista do Hamas há inúmeros relatos na imprensa e redes sociais de pessoas que se refugiaram em bunkers.
Brasileiros que vivem ou estão de passagem por Israel contaram a experiência de se abrigar em um bunker nos dias de tensão em que Israel promove a resposta aos extremistas na Faixa de Gaza.
A atriz Gabriela Duarte estava em Tel Aviv a passeio com os filhos quando os ataques tiveram início e precisou recorrer às estruturas de segurança.
A lei de defesa civil criada em 1951 exige que todas as construções, privadas ou públicas, tenham abrigos antibombas.
Em meio a conflitos nas décadas seguintes, como a Guerra do Yom Kippur em 1973, foi instituída uma nova legislação definindo padrões mais atuais para essas instalações.
A determinação é que todos os prédios ou casas possuam no mínimo um quarto por andar com estrutura fortalecida nas características estipuladas.
Com o tamanho de um aposento comum, a diferença desses quartos fortificados está na estrutura do chão, paredes e teto - eles devem ter 30 centímetros adicionais de concreto maciço
Janelas e portas desses bunkers devem ser de metal e possuir travas fundas na parede.
Dentro desses quartos, que no dia a dia podem servir de dormitório comum, não deve haver objetos muito frágeis.
Esses espaços devem ter suprimentos e um sistema de ventilação adequado.
A orientação geral é que os cidadãos devem se encaminhar para as áreas de proteção caso sirenes de segurança soem.
Essas sirenes, que estão dispostas por todo o país, são acionadas caso um míssil ou foguete passe pelo sistema de defesa.
Caso as sirenes parem de tocar, a recomendação é de que os abrigados aguardem dez minutos antes de deixarem os quartos fortificados.

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