Milhares de pessoas acompanharam o funeral de Bruna Valeanu, em Israel. A brasileira foi um dos mortos do evento Universo Paralello, festa rave que sofreu ataque de terroristas do Hamas.
Como Bruna só tinha dois parentes em Israel, uma mensagem circulou nas redes sociais pedindo que estranhos fossem ao funeral para cumprir a tradição judaica do minyan (quórum de 10 pessoas).
 Só que uma multidão compareceu. Pessoas fizeram uma fila quilométrica com os carros. E depois seguiram a pé.
A morte de Bruna Valeanu foi confirmada em 10/10. Ela tinha 24 anos e vivia em Israel há 8 anos.
Bruna era estudante de Comunicação e Marketing.
A mãe de Bruna e uma irmã também vivem em Israel.
Também em 10/10, foi confirmada a morte do gaúcho Ranani Nidejelski Glazer, de 24 anos, que estava na rave.
Ranani vivia há 7 anos em Israel e tinha dupla cidadania.
Nesta imagem, Ranani aparece num vídeo que ele gravou ao fugir do ataque à rave e se esconder num bunker.
Ranini disse: “No meio da rave, a gente parou num bunker, começou uma guerra em Israel, pelo menos a gente tá num bunker agora, seguro. Vamos esperar dar uma baixada nisso, mas, cara, foi cena de filme agora, gente correndo, quilômetros, para achar um lugar pra se esconder, velho”.
A namorada de Ranini, Rafaela Treistman, sobreviveu e fez declaração ao amado na web, dizendo que ele a salvou e foi seu herói e seu anjo.
Ranani chegou a prestar serviço militar nas Forças de Defesa Israelenses, mas deixou a corporação e trabalhou como editor de vídeos e designer. Atualmente, era entregador em Tel Aviv.
Com a morte de Bruna e Ranani, Karla Stelzer Mendes, de 41 anos, é a única brasileira ainda desaparecida. Karla mora em Israel ao lado do filho de 19 anos. Uma amiga contou que Karla enviou vídeo antes de desaparecer. Ela não está na lista dos mortos nem dos sequestrados e também não aparece na relação dos hospitalizados.
Cerca de 260 corpos foram encontrados no local onde acontecia a festa rave em Israel.
O evento acontecia no deserto de Negev, no sul do país, perto da Faixa de Gaza. Estima-se que cerca de 3 mil pessoas estavam no evento.
A imprensa recebeu informação de que a rave havia sido promovida pelo DJ Juarez Petrillo, pai dos DJs Alok e Bhaskar. Mas o DJ Alok, famoso mundialmente, disse que o pai, na verdade, ia se apresentar no evento.
No dia 7/10, Juarez registrou em vídeo o momento em que a rave foi abruptamente interrompida pelos terroristas. As imagens mostravam uma forte fumaça no céu e pessoas correndo, desesperadas.
Pessoas entrevistadas relataram que havia jipes com homens armados que disparavam contra aqueles que tentavam escapar a pé ou de carro.
Uma mulher contou à agência Reuters que teve que se fingir de morta até que soldados do Exército de Israel chegassem para resgatá-la.
No dia 8/10, o DJ Alok relatou que o pai estava escondido em um bunker, “aguardando redirecionamento para voltar ao Brasil”.
A atriz Gabriela Duarte, filha de Regina Duarte, também estava em Israel (mas não na festa rave)  com os dois filhos e chegou a se abrigar num bunker por causa dos bombardeios. Mas conseguiu pegar um avião para Praga, na  República Tcheca. E postou mensagem no Instagram avisando que estava bem.
Na manhã de segunda-feira (9/10), o primeiro avião da Força Aérea Brasileira (FAB) designado para resgatar brasileiros na região dos conflitos aterrissou em Roma, na Itália.
O avião foi redirecionado para a Europa como parte do plano para tornar mais fácil o processo de retirada dos brasileiros na região de conflito. Um segudo avião chegou na madrugada de 10/10 a Israel.
Segundo o Ministério das Relações Exteriores,  a estimativa é de que cerca de 14 mil brasileiros residam em Israel e outros 6 mil na Palestina.

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