‘Dar um trocado’: países em que dar gorjeta é algo malvisto

O assunto por lá tem sido cada vez mais frequente e chegou a ir parar nos noticiários.

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A prática de dar gorjetas não é uma exclusividade dos EUA, mas há alguns países no mundo que inclusive vão na contramão do costume.

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No leste asiático, por exemplo, a não existência da tradição da gorjeta é motivo de orgulho entre as pessoas. Conheça mais sobre os países onde “deixar um trocado” é algo malvisto!

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Japão: Além de serem extremamente limpos, os japoneses respeitam a imperfeição (chamada por lá de “wabi-sabi“) e consideram a consciência social como uma forma de arte.

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Não comer enquanto caminha, ficar em silêncio no transporte público, não apontar com as mãos ou hashis e não assoar o nariz em público são só alguns exemplos.

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As gorjetas também não são comuns no Japão. Na verdade, elas são consideradas desagradáveis e constrangedoras.

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Por lá, dar gorjeta a um funcionário japonês pode fazer não só com que ele recuse o dinheiro, como vá atrás da pessoa na rua para devolver a quantia.

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Portanto, fica a dica: no Japão, simplesmente dizer "oishikatta" (“estava delicioso”) ou "gochiso sama" (“obrigado por preparar a refeição”) já será muito bem aceito.

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China: Mesmo nas maiores metrópoles do país, como Pequim e Xangai, a tradição e a superstição ainda são muito valorizadas. Um exemplo disso é a cultura das gorjetas.

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Na China, as gorjetas não são comuns e já chegaram até a ser proibidas no passado!

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Isso ocorre porque a cultura chinesa é baseada no conceito de igualdade. Os chineses acreditam que todas as pessoas são iguais e que ninguém é superior a ninguém. Dar gorjeta a alguém pode ser visto como uma forma de mostrar que você é superior a essa pessoa, o que é considerado rude.

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Em alguns lugares – principalmente em cidades menores –, a gorjeta pode ser até interpretada como uma tentativa de suborno.

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Mas há quem diga que com o crescimento do turismo e o contato constante com culturas ocidentais esteja mudando a mentalidade dos chineses.

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Dinamarca: Frequentemente mencionado como um dos países mais felizes do mundo, a Dinamarca é conhecida por sua sociedade igualitária e uma generosidade mútua.

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Até por conta disso, pode ser surpresa para muitos descobrir que os dinamarqueses não costumam dar gorjetas.

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Existem dois motivos principais para isso. Os dinamarqueses se beneficiam do PIB per capita mais alto e de um sistema de assistência social melhor do que a maioria dos outros países.

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Isso significa que os trabalhadores dinamarqueses já são pagos bem por seu trabalho e não precisam de gorjetas para complementar sua renda.

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Além disso, na Dinamarca, a taxa de serviço normalmente já é incluída na conta dos hotéis e restaurantes.

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No entanto, se mesmo assim a pessoa quiser prestigiar o atendimento, na Dinamarca é comum arredondar a conta em restaurantes como um gesto simbólico de apreciação.

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Assim como em vários outros países europeus, na Dinamarca serviços acima do padrão também podem ser recompensados com a fidelidade ao estabelecimento e visitas frequentes. Mas e nos Estados Unidos?

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Nos Estados Unidos, dar gorjetas é uma prática cultural arraigada. É esperado que os clientes deixem uma gorjeta de 20-25% para os funcionários de restaurantes, bares, hotéis e outros serviços de turismo.

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Por lá, as gorjetas são uma forma de mostrar apreço pelo serviço e também ajudam a compensar os baixos salários dos funcionários.

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