Mais uma jovem é condenada pela morte dos próprios pais

Por Flipar | 15/06/2023

No caso, uma família foi encontrada carbonizada no interior de um carro em São Bernardo do Campo, no ABC Paulista. O crime aconteceu em janeiro de 2020.

Reprodução/TV Globo

Segundo as investigações, Romuyuki Gonçalves, de 43 anos, a mulher Flaviana, de 40, e o filho deles, Juan Victor, de 15, foram mortos com golpes na cabeça em casa e depois os corpos foram queimados no carro.

Reprodução redes sociais

Anaflávia entra no rol de crimes cometidos na própria família. O caso mais famoso no Brasil envolvendo uma jovem condenada por matar os pais é de Suzane von Richthofen. O crime aconteceu em 2002 e Suzane cumpriu pena na cadeia. Vamos relembrar

Reprodução redes sociais

Recentemente, libertada após 20 anos de prisão, Suzane von Richthofen ingressou no Centro Universitário Sudoeste Paulista, em Itapetininga.

A direção reuniu os alunos e pediu que ninguém fotografasse Suzane. E também que todos respeitassem sua presença, já que ela cumpriu a pena dentro da lei e entrou na faculdade com autorização da Justiça. Algumas fotos com comentários, porém, vazaram.

Reprodução redes sociais

Suzane escolheu Itapetininga porque a cidade fica a 50 km de Angatuba, cidade onde ela vive atualmente.

GronkOkara wikimedia commons

Suzane virou assunto em Itapetininga, município de 165 mil habitantes, que pertence à Região Metropolitana de Sorocaba.

Knightstalker wikimedia commons

Já Angatuba é menor, com 25 mil habitantes. E Suzane vive num sítio nesta cidade desde que deixou a prisão.

Silvio Pedroso - GrongOkara wikimedia commons

Suzane deixou o presídio de Tremembé, no interior de São Paulo, no dia 11/1. E cumpre o restante da pena em regime aberto.

Recentemente, Suzane montou um negócio para vender chinelos decorados pelo Instagram. A produção é feita no sítio em Angatuba.

Reprodução TV Vanguarda

Ela tem cerca de 5,6 mil seguidores e a rede social tem comentários que variam desde críticas à sua soltura até apoio para uma "segunda chance". A 2ª Vara de Execuções Criminais de Taubaté concedeu a progressão ao regime aberto, após Richthofen cumprir todos os requisitos jurídicos para isso.

Reprodução Redes Sociais

Suzane não pode sair da cidade e segue com algumas obrigações como se apresentar à Justiça com certa frequência. Caso cometa qualquer delito, por mais "leve" que seja, perderá o benefício e voltará para a cadeia.

Reprodução de vídeo G1

Suzane tentava desde 2017 a progressão do regime semiaberto para o regime aberto. No primeiro, ela podia sair para trabalhar, estudar ou sair em alguns feriados, mas sempre voltando para a cadeia à noite.

Suzane ficou presa desde 2002, em regime fechado. Em outubro de 2015, ela conseguiu a progressão para o regime semiaberto. Em março do ano seguinte, ela saiu pela primeira vez, durante uma saída temporária de Páscoa.

Nos últimos anos, Suzane trabalhava com costura no próprio presídio e confeccionava os uniformes das presas. Ela também fazia artesanatos e trabalhava de seis a oito horas.

Reprodução Record TV

À noite, ela estudava biomedicina, em uma faculdade em Taubaté, cidade vizinha a Tremembé. Ela tinha permissão para estudar de 18h às 23h e depois ir para a cadeia dormir. Suzane tinha que chegar ao presídio até 23h45.

Isso tudo a ajudou a diminuir a sua pena de 39 anos e seis meses para 34 anos e 4 meses. Assim, a sua pena vai oficialmente até o início de 2039, já que ficou presa desde o final de 2002.

Reprodução Redes Sociais

Além disso, o bom comportamento na prisão a ajudou a conseguir a progressão de pena. A pena dela não irá até o fim. Isso porque, no Brasil, o máximo que pode ficar preso são 30 anos, mesmo com condenações maiores.

Nos últimos anos, Suzane foi flagrada pegando transporte público para ir e voltar para a faculdade, aparentemente sem medo de ser agredida. Antes, usava carros de aplicativo. Outra foto famosa é dela em um seminário na faculdade.

Reprodução e Twitter @SuzaneVRichBR

O crime de Suzane foi cometido em 31 de outubro de 2002. Na ocasião, o namorado de Suzane, Daniel Cravinhos, e o irmão dele, Cristian, mataram os pais da jovem, Manfred e Marísia com barras de ferro enquanto dormiam.

Reprodução Globo News

O crime foi motivado por vingança, pois os pais de Suzane não aceitavam o relacionamento dela com Daniel. Além disso, o trio planejava ficar com a fortuna do casal.

Reprodução Jusbrasil

A herança ficou com o irmão de Suzane, Andreas, que vendeu a mansão por R$ 1,6 milhão, em 2014. Estudos indicam que a casa vale até o dobro, mas o herdeiro vendeu logo para apagar de vez a lembrança do caso.

Inicialmente, o crime foi investigado como latrocínio (roubo seguido de morte), mas a Polícia logo descobriu a verdade. Primeiro, porque eles tiraram Andreas de casa e depois porque não tinha sinal de arrombamento da casa. Além disso, os alarmes estavam desligados.

Youtube Canal Rede TV! Entretenimento

Andreas, assim como o pai, era reservado e tímido. Era um garoto muito estudioso e que tinha 15 anos na época do crime. No mesmo dia do assassinato, a pedido da polícia, saiu de casa e foi morar com os tios.

Youtube Canal Incrível Mundo

Ele era muito próximo da irmã, mas não participou do crime. Após o crime, continuou estudando, ingressou na faculdade e tinha uma carreira promissora, mas nos últimos anos chegou a ser preso por invadir residências e internado por abuso de substâncias ilícitas.

Youtube Canal Brasil Urgente

A casa, comprada por Manfred e Marísia Richtofen em 1998, passou a pertencer a um engenheiro e a uma dentista. A residência tem muros muito altos, piscina, escritório, biblioteca e garagem.

Youtube Canal PedroKS

A casa fica na Rua Zacarias de Gois, no Campo Belo. O local fica perto do aeroporto de Congonhas e do estádio do Morumbi. O imóvel tem mil metros quadrados.

Youtube Canal PedroKS

Manfred era um rico engenheiro alemão, mas naturalizado brasileiro. Ele trabalhava na Dersa e participou do projeto de construção da rodoanel Mário Covas, via expressa que contorna a cidade.

Arquivo Pessoal - Wikimédia Commons

Marísia tinha 50 anos e nasceu no interior de São Paulo, na cidade de José Bonifácio. Ela, curiosamente, era médica psiquiatra, mas, ao que tudo indica, nunca tinha notado uma possível psicopatia na filha. A matriarca era considerada a mais extrovertida da família.

reprodução redes sociais

Daniel Cravinhos também conseguiu migrar para o regime aberto em 2018. A sua pena vai até 2041.

Reprodução de Redes Sociais

Em 2017, Cristian conseguiu o regime aberto, mas cometeu novos crimes, voltou para a cadeia e perdeu todos os benefícios. Sua pena vai até 2043.

Reprodução GloboNews

Mais uma jovem é condenada pela morte dos próprios pais

No caso, uma família foi encontrada carbonizada no interior de um carro em São Bernardo do Campo, no ABC Paulista. O crime aconteceu em janeiro de 2020.

Segundo as investigações, Romuyuki Gonçalves, de 43 anos, a mulher Flaviana, de 40, e o filho deles, Juan Victor, de 15, foram mortos com golpes na cabeça em casa e depois os corpos foram queimados no carro.

Anaflávia entra no rol de crimes cometidos na própria família. O caso mais famoso no Brasil envolvendo uma jovem condenada por matar os pais é de Suzane von Richthofen. O crime aconteceu em 2002 e Suzane cumpriu pena na cadeia. Vamos relembrar

Recentemente, libertada após 20 anos de prisão, Suzane von Richthofen ingressou no Centro Universitário Sudoeste Paulista, em Itapetininga.

A direção reuniu os alunos e pediu que ninguém fotografasse Suzane. E também que todos respeitassem sua presença, já que ela cumpriu a pena dentro da lei e entrou na faculdade com autorização da Justiça. Algumas fotos com comentários, porém, vazaram.

Suzane escolheu Itapetininga porque a cidade fica a 50 km de Angatuba, cidade onde ela vive atualmente.

Suzane virou assunto em Itapetininga, município de 165 mil habitantes, que pertence à Região Metropolitana de Sorocaba.

Já Angatuba é menor, com 25 mil habitantes. E Suzane vive num sítio nesta cidade desde que deixou a prisão.

Suzane deixou o presídio de Tremembé, no interior de São Paulo, no dia 11/1. E cumpre o restante da pena em regime aberto.

Recentemente, Suzane montou um negócio para vender chinelos decorados pelo Instagram. A produção é feita no sítio em Angatuba.

Suzane não pode sair da cidade e segue com algumas obrigações como se apresentar à Justiça com certa frequência. Caso cometa qualquer delito, por mais "leve" que seja, perderá o benefício e voltará para a cadeia.

Suzane tentava desde 2017 a progressão do regime semiaberto para o regime aberto. No primeiro, ela podia sair para trabalhar, estudar ou sair em alguns feriados, mas sempre voltando para a cadeia à noite.

Suzane ficou presa desde 2002, em regime fechado. Em outubro de 2015, ela conseguiu a progressão para o regime semiaberto. Em março do ano seguinte, ela saiu pela primeira vez, durante uma saída temporária de Páscoa.

Nos últimos anos, Suzane trabalhava com costura no próprio presídio e confeccionava os uniformes das presas. Ela também fazia artesanatos e trabalhava de seis a oito horas.

À noite, ela estudava biomedicina, em uma faculdade em Taubaté, cidade vizinha a Tremembé. Ela tinha permissão para estudar de 18h às 23h e depois ir para a cadeia dormir. Suzane tinha que chegar ao presídio até 23h45.

Isso tudo a ajudou a diminuir a sua pena de 39 anos e seis meses para 34 anos e 4 meses. Assim, a sua pena vai oficialmente até o início de 2039, já que ficou presa desde o final de 2002.

Além disso, o bom comportamento na prisão a ajudou a conseguir a progressão de pena. A pena dela não irá até o fim. Isso porque, no Brasil, o máximo que pode ficar preso são 30 anos, mesmo com condenações maiores.

Nos últimos anos, Suzane foi flagrada pegando transporte público para ir e voltar para a faculdade, aparentemente sem medo de ser agredida. Antes, usava carros de aplicativo. Outra foto famosa é dela em um seminário na faculdade.

O crime de Suzane foi cometido em 31 de outubro de 2002. Na ocasião, o namorado de Suzane, Daniel Cravinhos, e o irmão dele, Cristian, mataram os pais da jovem, Manfred e Marísia com barras de ferro enquanto dormiam.

O crime foi motivado por vingança, pois os pais de Suzane não aceitavam o relacionamento dela com Daniel. Além disso, o trio planejava ficar com a fortuna do casal.

A herança ficou com o irmão de Suzane, Andreas, que vendeu a mansão por R$ 1,6 milhão, em 2014. Estudos indicam que a casa vale até o dobro, mas o herdeiro vendeu logo para apagar de vez a lembrança do caso.

Inicialmente, o crime foi investigado como latrocínio (roubo seguido de morte), mas a Polícia logo descobriu a verdade. Primeiro, porque eles tiraram Andreas de casa e depois porque não tinha sinal de arrombamento da casa. Além disso, os alarmes estavam desligados.

Andreas, assim como o pai, era reservado e tímido. Era um garoto muito estudioso e que tinha 15 anos na época do crime. No mesmo dia do assassinato, a pedido da polícia, saiu de casa e foi morar com os tios.

Ele era muito próximo da irmã, mas não participou do crime. Após o crime, continuou estudando, ingressou na faculdade e tinha uma carreira promissora, mas nos últimos anos chegou a ser preso por invadir residências e internado por abuso de substâncias ilícitas.

A casa, comprada por Manfred e Marísia Richtofen em 1998, passou a pertencer a um engenheiro e a uma dentista. A residência tem muros muito altos, piscina, escritório, biblioteca e garagem.

A casa fica na Rua Zacarias de Gois, no Campo Belo. O local fica perto do aeroporto de Congonhas e do estádio do Morumbi. O imóvel tem mil metros quadrados.

Manfred era um rico engenheiro alemão, mas naturalizado brasileiro. Ele trabalhava na Dersa e participou do projeto de construção da rodoanel Mário Covas, via expressa que contorna a cidade.

Marísia tinha 50 anos e nasceu no interior de São Paulo, na cidade de José Bonifácio. Ela, curiosamente, era médica psiquiatra, mas, ao que tudo indica, nunca tinha notado uma possível psicopatia na filha. A matriarca era considerada a mais extrovertida da família.

Daniel Cravinhos também conseguiu migrar para o regime aberto em 2018. A sua pena vai até 2041.

Em 2017, Cristian conseguiu o regime aberto, mas cometeu novos crimes, voltou para a cadeia e perdeu todos os benefícios. Sua pena vai até 2043.

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