Os pedágios mais caros do Brasil

Do outro lado, as empresas se impõem defendendo as tarifas como forma de custear a manutenção das rodovias que elas administram num sistema de concessão.

CoelhoVoador wikimedia commons

O pedágio é cobrado baseado na tarifa quilométrica (TQ), que é basicamente o que custeia cada quilômetro da rodovia. Cada praça de pedágio tem uma cobertura específica, abrangendo a extensão que vai de determinado ponto a outro, com o cálculo baseado nas exigências de manutenção e nos serviços prestados.

- Divulgação Agetransp

Com isso, uma mesma estrada pode ter mais de uma praça de pedágio, ou seja, o motorista paga mais de uma vez dependendo do seu trajeto.

Imagem de Markus Spiske por Pixabay

Saiba agora quais são os pedágios mais caros do Brasil. Os preços variam conforme moto, carro, ônibus ou caminhão. Este levantamento é de carros de passeio.

- Divulgação/CCR

O levantamento é do Ipea (Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada). Confira.

Governo SP wikimedia commons

1º- SISTEMA ANCHIETA-IMIGRANTES (SP) - R$ 34 a cada 100 km - O conglomerado inclui a SP-150 (Anchieta) e a SP-160 (Imigrantes), entre outras rodovias (como a Interligação Planalto SP-41) e a Padre Manuel da Nóbrega (SP-55).

- Divulgação/Ecovias

A Ecovias, empresa responsável pela estrada, tenta justificar o alto preço do pedágio com o argumento de que faz aportes na infraestrutura da região.

- Reproduçao site Ecovias

2º -CASTELLO BRANCO E RAPOSO TAVARES (SP) - R$ 24 a cada 100 km - Além dessas duas rodovias, o sistema inclui estradas como SP-15 (Simão Faiguenboim) e SP-75 (José Ermírio de Moraes).

- Divulgação/CCR

A Concessionária Via Oeste faz parte do Grupo CCR. Administra 170 km de estradas.

- Divulgação/Agencia Senado

3º - RIO-TERESÓPOLIS (RJ) - R$ 21,70 a cada 100 km - Liga a cidade do Rio de Janeiro à Região Serrana do estado.

- Divulgação/CRT

O Grupo EcoRodovias assumiu a administração da estrada em 2022. Além da praça de pedágio principal, com preço cheio, há praças auxiliares com valor de R$ 15,20.

- Divulgação CRT

BANDEIRANTES E ANHANGUERA (SP) - R$ 17,00 a cada 100 km - As rodovias fazem ligação entre cidades do interior paulista, como Sorocaba, Jundiaí, Indaiatuba, Rio Claro e Itu.

- Divulgação/CCR Autoban

A concessionária Autoban pertence ao Grupo CCR. De 2022 para 2023, o reajuste da tarifa chegou a quase 12%.

- Divulgação/CCR Autoban

VIA LAGOS (RJ) - R$ 15 a cada 100 km - A rodovia RJ-124 dá acesso à Região dos Lagos, onde ficam cidades litorâneas de apelo turístico, como Cabo Frio e Búzios.

- Divulgação site CCR

O Grupo CCR administra a rodovia.Trata-se de uma das maiores companhias de infraestrutura e mobilidade da América Latina. E administra no Brasil um total que supera 3.600 km de estradas.

- Divulgação Agetransp

O pedágio existe no Brasil desde o século 18, quando a Coroa Portuguesa decidiu que a Rota dos Tropeiros só poderia ser aberta se desse lucro.

Arquivo Nacional Domínio público

Um dos objetivos era a reconstrução de Lisboa, a capital portuguesa, devastada por um terremoto em 1755. Gravura em cobre de 1755, de autor desconhecido, mostra Lisboa em chamas e o tsunami inundando o porto.

Domínio público

A Rota dos Tropeiros tinha três pontos de cobrança ao longo do Caminho de Viamão, que ligava o Rio Grande do Sul a Sorocaba (SP).

- Divulgação/Paraná Turismo/SEBRAE

Era preciso pagar 2,5 mil réis por cada mula e 2 mil réis por cavalo, no Rio Pelotas (entre SC e RS), nas margens do Rio Iguaçu (PR) e em Sorocaba (SP).

- Divulgação/MT/Governo Federal

Hoje a Rota dos Tropeiros é lembrada com monumentos no Sul e no Sudeste do Brasil. Entre eles, este monumento no município de Telêmaco Borba, no Paraná.

- Simplus Menegati/wikipedia commons

O pedágio feito da forma como é hoje nasceu no Programa de Concessões de Rodovias, no Governo Fernando Henrique Cardoso, em 1995.

Mario Roberto Duran Ortiz - wikimedia commons

Teoricamente, o objetivo é garantir a manutenção das estradas, reduzindo o risco de acidentes, e também fazendo operações especiais em períodos de maior movimento, como os feriados prolongados.

- Arquivo/Agência Brasil

Além disso, as concessionárias devem prestar assistência 24 horas, com telefone disponível para pedido de socorro incluindo reboque e serviços de emergência médica.

Peter Louiz wikimedia commons

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