Entenda como funcionários de aeroporto trocaram etiquetas de malas e causaram prisão de brasileiras

A história delas é um alerta sobre o perigo causado por bandidos que são funcionários em aeroportos. Elas foram presas na Alemanha porque criminosos que trabalham no terminal de Guarulhos trocaram as etiquetas das bagagens. E os nomes delas estavam em malas com drogas. Veja que história surreal.

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Elas são casadas há 12 anos, moram em Goiânia e costumam viajar nas férias.

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Saíram de casa com uma mala rosa e uma mala preta com destino ao aeroporto de Guarulhos, em São Paulo.

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Desde 5 de março até 11 de abril, elas ficaram presas nesta Penitenciária Feminina de Frankfurt, na Alemanha, onde foram detidas por suspeita de tráfico internacional de drogas. Portanto, mais de um mês na cadeia.

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Mas as imagens mostram que as malas das duas foram separadas por funcionários do aeroporto de Guarulhos. Eram 20h04 de 4/3/3023 quando funcionários do aeroporto de Guarulhos começam a trocar as etiquetas das malas de duas brasileiras que seguiam para a Alemanha.

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O funcionário Eduardo dos Santos pega a mala rosa de Jeanne e coloca no chão.

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Eduardo chama o funcionário Pedro Venâncio e eles se cumprimentam.

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Pedro Venancio confere a etiqueta da mala, enquanto o comparsa o observa.

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Eles mexem, então, no celular. A polícia investiga essa comunicação dos funcionários do aeroporto.

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Aí mexem na mala preta de Katyna. Depois colocam ambas no bagageiro.

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Pedro troca, então, a etiqueta de uma das malas.

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Segundo a polícia, está comprovado que ele tirou as etiquetas e colocou em malas que estavam repletas de cocaína.

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Às 20h27, duas mulheres chegam com malas ao aeroporto de Guarulhos.

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Segundo a polícia, essas são as malas cheias de cocaína que receberão as etiquetas de Jeanne e Katyna.

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As mulheres são atendidas por uma funcionária do check in num momento em que o check in já havia sido encerrado. Elas fazem contato visual com a funcionária, que acena positivamente com a cabeça.

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As imagens não deixam dúvidas. Elas foram ao guichê e deixaram as malas sem apresentar documentos, em horário indevido. As duas falsas passageiras saem do aeroporto logo depois.

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As malas com cocaína seguem na esteira.

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Os funcionários do aeroporto pegam as bagagens, colocam junto com as outras e transferem diretamente para a área internacional para que não passem pelo raio-X.

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As etiquetas de Jeanne e Katyna são colocadas nas malas das drogas atrás de uma pilastra, num ponto cego para as câmeras.

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Quando elas chegam ao aeroporto de Frankfurt, são detidas e algemadas sem terem a menor ideia do que estava acontecendo.

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Ao saberem da questão das malas, elas explicaram à Polícia Federal da Alemanha que aquelas bagagens não eram delas. Mas a polícia não acreditou.

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O delegado Bruno Gama, da Polícia Federal em Goiás, foi taxativo: havia provas cabais da inocência das duas e do envolvimento dos funcionários do aeroporto no crime.

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Mas a Justiça da Alemanha queria que as provas fossem fornecidas diretamente pelo governo brasileiro.

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A Polícia Federal conseguiu prender seis pessoas da quadrilha.

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Na casa da funcionária que recebeu as malas com drogas no guichê do check-in, a polícia encontrou R$ 40 mil e ela confessou envolvimento no esquema.

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As brasileiras esperaram que o governo brasileiro, por meio do Itamaraty, convencesse a Justiça da Alemanha de que elas eram inocentes.

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Mas o que aconteceu foi outra coisa: o Ministério Público, responsável pela acusação, desistiu de processá-las. Autorizou a soltura.

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A polícia investiga como foi feita a escolha das malas e onde elas foram parar. Além disso, os investigadores apuram quem estaria esperando pelas malas na Alemanha.

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A Polícia da Alemanha também investiga o caso, já que as malas foram interceptadas no aeroporto de Frankfurt.

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