Glória Perez defende uso de sniper para evitar morte de inocentes
Por Flipar | 08/05/2023
No primeiro episódio desta temporada, o "Linha Direta" relembrou o Caso Eloá, que aconteceu em 2008. Na ocasião, ela e uma amiga, Nayara Rodrigues, foram feitas reféns pelo ex-namorado de Eloá.
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A história gerou muitas críticas à cobertura feita pelo programa de Sônia Abrão, "A Tarde É Sua". Ela conseguiu entrevistar o sequestrador durante o crime e teria prejudicado as negociações da polícia.
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Após a exibição do 'Linha Direta' , o perfil Acervo na rede social publicou: De acordo com o promotor de justiça entrevistado no Linha Direta, Sonia Abrão teria prejudicado as negociações no caso Eloá ao fazer ligações para o criminoso. Segundo ele, se não fosse por essa interferência, teriam conseguido cumprir um acordo pré-existente com o sequestrador e libertar a vítima”.
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A autora de novelas Glória Perez, que é mãe de vítima de assassinato (a atriz Daniella Perez) escreveu um comentário no post defendendo o uso de sniper (atirador de elite) em casos como o de Eloá.
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O "Linha Direta" atual é apresentado por Pedro Bial e tem uma hora de duração. O programa deve abordar dois tipos de crimes, um já resolvido e outro ainda não solucionado.
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O sequestro, em Santo André (SP), durou alguns dias e acabou com a morte de Eloá, a prisão de Lindemberg Alves e a sobrevivência de Nayara.
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O caso chocou o Brasil. A ação da Polícia na tentativa de salvar as vítimas, reféns em um apartamento, foi transmitida ao longo dos dias. Após 100 horas de negociação, a Polícia invadiu o local e trocou tiros com o rapaz.
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Lindemberg acabou pegando 98 anos de prisão. Em 2013, porém, a pena foi reduzida para 39 anos. Ele está preso em Tremembé, no interior de São Paulo.
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Na época do crime, Lindemberg tinha 22 anos, enquanto Eloá era apenas uma adolescente de 15 anos, assim como a amiga dela.
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Esta é a terceira temporada do Linha Direta. A primeira foi exibida entre março e julho de 1990, com apresentação de Hélio Costa (à direita). Já a segunda passou de 1999 a 2007, sendo que Marcelo Rezende (centro) apresentou no primeiro ano e depois assumiu Domingos Meirelles.
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Para muitos, Marcelo Rezende imprimiu uma marca mais autêntica a esse tipo de programa, até por ter sido repórter investigativo. Para outros, ele tinha um jeito sensacionalista, expresso no programa "Cidade Alerta", da Record.
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Em 2003, a TV Globo ganhou a medalha Tiradentes da Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro por "reconhecimento aos méritos do programa". Já em 2007, a Editora Globo lançou um livro, com mais de 300 páginas, que conta alguns dos casos.
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Pedro Bial, por sua vez, tem 65 anos e larga experiência apresentando programas de televisão. Ele trabalha na Rede Globo desde 1981 e começou como repórter.
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Como apresentador, Bial comandou "Fantástico" (1996-2007), "Big Brother Brasil" (2002-2016) e "Na Moral" (2012-2014). Desde 2017, ele comanda também o "Conversa com Bial", que é programa de entrevistas, de segunda a sexta, de madrugada.
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"Temos um timaço de repórteres e, não só gente com as ferramentas do jornalismo investigativo, mas gente que domina bem a linguagem de documentário também, que é uma linguagem que, nas últimas duas décadas, evoluiu muito.", comentou Pedro Bial.
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Esta temporada do "Linha Direta" tem ainda uma versão em podcast, disponível no site da emissora e em outras plataformas de áudio.
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O programa brasileiro foi inspirado em alguns clássicos americanos como como "Yesterday", "Today and Tomorrow" e "The Unsolved Mysteries". De certa forma, o "Linha Direta" também inspirou outros programas policiais, como "Operação de Risco", exibido pela RedeTV desde 2010.
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O "Linha Direta" marcou uma época na televisão brasileira. Muita gente esperava o programa terminar para poder ir dormir. Por outro lado, milhares de pessoas relatavam ter problemas com as cenas de violência.
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O "Linha Direta" tinha um canal próprio para denúncias dos crimes. Isso ajudou a Justiça a prender mais de 400 criminosos.