Catástrofe humanitária e ambiental no Sudão.Entenda
Por Flipar | 03/05/2023
Estima-se que outros 334 mil sudaneses tenham precisado se deslocar internamente para outras regiões. A guerra começou no dia 16 de abril e mais de 500 mil pessoas já morreram por conta dos conflitos.
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Entenda os principais pontos do confronto nessa galeria especial do Flipar!
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As tensões se desenrolaram por conta de um embate entre os líderes militares rivais, o general Abdel Fatah al-Burhan (à esquerda) e o vice-presidente do Conselho Soberano, Mohamed Hamdan Dagalo (à direita), conhecido como Hemedti.
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A luta pelo poder está sendo travada em bairros residenciais, onde os moradores costumam fazer compras ou ir para a escola.
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As Forças Armadas do Sudão, comandadas pelo general Burhan, e as unidades paramilitares das Forças de Apoio Rápido (FAR), comandado pelo general Mohammed Hamdan Dagalo, são os dois lados da guerra.
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No ano de 2021, as duas facções, então aliadas, organizaram um golpe militar no país para tirar do poder o ditador Omar Bashir (foto). Ele já vinha sofrendo com protestos em larga escala.
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Como resultado, al-Burhan assumiu o comando de um conselho governamental e Hemedti tornou-se seu vice.
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Entretanto, desde então, várias tensões surgiram entre as facções, especialmente em relação à incorporação da FAR nas forças armadas e sua futura cadeia de comando.
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Além disso, as facções discordam em relação ao apoio a partidos políticos e a grupos pró-democracia.
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Analistas apontam que a aliança entre Hemedti e o presidente Burhan nunca foi estável e que a divergência de interesses agora os tornou adversários.
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Apesar disso, ambos ainda estão ligados pelo medo de serem responsabilizados por crimes cometidos durante seus respectivos períodos militares. A sociedade civil exige que ambos sejam punidos por suas ações passadas.
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O acordo para estabelecer um governo civil, crucial para trazer estabilidade ao país, deveria ser assinado no começo de abril, mas foi adiado no último minuto sem previsão de nova data.
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Após os confrontos começarem em 16 de abril, Hemedti e Burhan se acusaram mutuamente de tentar um golpe de estado.
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Além disso, o atual conflito no Sudão pode estar relacionado a interesses econômicos, incluindo o controle de recursos minerais valiosos.
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O país possui importantes reservas de ouro, que chamaram a atenção da Rússia. Em 2017, o então ditador Bashir afirmou ao presidente russo Putin que o Sudão poderia ser a “chave da África” para a Rússia.
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Desde então, a empresa russa M-Invest recebeu o direito de explorar as minas sudanesas em parceria com as FAR, o grupo paramilitar mais poderoso do Sudão.
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Além disso, outros países também têm interesses no Sudão. O Egito, por exemplo, apoia o governo de Burhan e chegou a realizar um exercício militar conjunto com o Sudão em abril.
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Já Hemedti tem boas relações com a Eritreia, Etiópia e Iêmen, onde suas milícias atuaram. Ele também possui ligações próximas com Moscou devido à exploração de ouro em parceria com a Rússia.
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Com tudo isso, a situação da população está crítica. Os moradores que não conseguiram escapar estão lutando para sobreviver em meio à falta de alimentos, água e eletricidade.
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A maioria dos hospitais no país está fora de serviço, e mesmo os que estão abertos estão enfrentando uma situação insustentável devido à falta de suprimentos médicos.
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O secretário-geral da ONU, António Guterres, alertou para uma situação "terrível", com "tribos que, agora, tentam se armar".
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Alguns brasileiros que estavam no Sudão já conseguiram retornar para cá, incluindo integrantes da comissão técnica do clube Al-Merreikh.
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Ex-jogador do Flamengo, o atacante Paulo Sérgio, foi um dos que conseguiram retornar.
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Nesta terça-feira (2/5), o Ministério das Relações Exteriores do Sudão do Sul anunciou que os líderes militares e paramilitares envolvidos na guerra do Sudão entraram em acordo por uma trégua temporária.