A suspeita de envenenamento surgiu em abril, quando o irmão dela, Bruno, também passou mal e foi parar no hospital.
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Só que, no caso do rapaz, ele conseguiu sobreviver porque comeu pouco. É que Bruno percebeu o gosto amargo no feijão, observou que havia pedrinhas azuis e largou o feijão no prato.
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Bruno teve os mesmos sintomas da irmã: tonteira, visão turva, suor, língua enrolando e baba.
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"Ele perguntou o que era aquilo. Foi quando ela arrancou o prato da mão dele, nervosa, tirou a parte das bolinhas e colocou mais feijão, como se quisesse disfarçar o gosto", disse Jane.
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Bruno chegou a ser entubado no hospital Albert Schweitzer. A mãe, Jane, disse que reviveu os momentos de angústia que já tinha passado com Fernanda. Achou que também perderia o filho. Mas ele se recuperou.
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Fernanda passou 13 dias internada e morreu em 28 de março.
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A partir do caso de Bruno, a família acionou a polícia, que pediu, inclusive, a exumação do corpo de Fernanda.
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O corpo de Fernanda foi exumado no cemitério Jardim da Saudade, em Sulacap, na zona oeste do Rio.
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Os técnicos recolheram material genético e comprovaram na análise que Fernanda tinha sido envenenada.
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Antes de ser hospitalizada, Fernanda chegou a enviar uma mensagem de áudio ao namorado, Pedro Henrique, dizendo que não estava bem.
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"Cara, tô passando mal. Não sei o que tá acontecendo. Eu tô muito tonta", disse Fernanda.
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Pedro disse que o pai amava muito a Fernanda (como ama Bruno) e isso devia incomodar a madrasta.
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Cintia Mariano foi presa, acusada pelo assassinato de Fernanda e pela tentativa de homicídio de Bruno.
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O filho biológico de Cíntia disse à polícia que a mãe confessou ter envenenado os enteados.
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O adolescente contou que Cintia disse que agiu por amor a Adeílson, pai de Bruno e Fernanda. Na foto, a madrasta com os enteados, ao lado de Adeílson.
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Cintia acompanha os depoimentos de testemunhas durante o julgamento no Fórum do Rio de Janeiro. Ela será ouvida no mês de maio.