Polícia portuguesa conclui relatório sobre caso Madeleine
Madeleine desapareceu no dia 3 de maio de seu quarto em um resort do Algarve, no sul do país, durante as férias da família. Dias depois ela completaria 4 anos de idade.
'A polícia concluiu seu relatório final do chamado 'caso Maddie', que será cuidadosamente analisado', disse a Procuradoria-Geral de Portugal em um comunicado.
O Ministério Público informou que vai analisar o relatório para verificar se 'estão presentes as condições suficientes e necessárias para encerrar a investigação e apresentar uma decisão final'.
A imprensa portuguesa informou nesta terça-feira que a polícia encerrou sua investigação sem encontrar provas suficientes para indiciar alguém no caso.
Em fevereiro, o ministro da Justiça português, Alberto Costa, afirmou que a polícia estava para concluir o caso.
O desaparecimento de Madeleine atraiu intensa cobertura da mídia, especialmente depois que a polícia portuguesa indiciou os pais dela, Kate e Gerry McCann, como suspeitos no sumiço da menina.
O casal estava jantando com amigos em um restaurante do resort quando a menina desapareceu de seu quarto nas proximidades.
Eles se declararam inocentes e, nesta terça-feira, pediram que a polícia portuguesa lhes dê acesso ao relatório, para que possam continuar sua busca de Madeleine e pôr fim a sua condição de suspeitos.
'Pelo amor de Deus, tem de ser liberado', disse nesta terça-feira o porta-voz dos pais da menina, Clarence Mitchell, à Sky News.
O casal disse em 3 de maio -- um ano depois do desaparecimento da filha -- que continuam convencidos de que ela ainda está viva.
Eles dizem que a melhor maneira de encontrar Madeleine é apelando por ajuda do público e mantendo o caso na mídia.
Nos meses que se sucederam ao desaparecimento de Madeleine, a polícia recebeu centenas de dicas de pessoas de toda a Europa que pensavam ter visto a menina, mas nenhuma delas foi confirmada.
A Procuradoria informou que o relatório final da polícia inclui dezenas de volumes e acrescentou que o caso continuará sob estrito segredo de Justiça até meados de agosto.
(Com reportagem adicional de Kate Kelland em Londres)