Astronautas russos urinam em pneu antes de irem ao espaço; entenda
Além de fazer história, Gagarin acabou criando uma tradição entre os cosmonautas
Por iG Último Segundo |
Rumo à primeira viagem realizado ao espaço , o astronauta Yuri Gagarin estava à caminho da base espacial quando pediu ao motorista do ônibus que parasse o veículo para ele urinar. Além de fazer história sendo o primeiro ser humano a visitar o espaço, sem saber, Gagarin acabou criando uma tradição entre os cosmonautas. As informações são da BBC News Brasil.
Em 12 de abril de 1961, o astronauta estava indo em direção à maior e mais antiga base espacial do mundo, o cosmódromo de Baikonur, quando pediu ao motorista do ônibus que parasse o veículo no meio do nada para ele urinar.
Gagarin urinou na roda traseira do veículo e, desde então, todos os cosmonautas que viajam ao espaço seguem a tradição . De acordo com o site de notícias, o evento acabou se tornando um costume sagrado para muitos deles. E, a fim de não quebrarem o ritual, as mulheres costumam carregar uma amostra de urina para derramar no pneu, já que, o ato se torna mais complicado para elas.
Novo design
Com o intuto de melhorar a experiência do traje espacial, a empresa responsável pela realização da vestimenta, a Zvezda, com sede em Tomilino, no sudeste de Moscou, havia liberado um protótipo da roupa sem a braguilha. Isso faria com fosse impossível abrir o traje e, consequentemente, continuar com a tradição.
O novo modelo foi oficialmente divulgado em agosto de 2019, mas ainda está em desenvolvimento. E, ao procurado pela BBC para saber se haveria uma adaptação para que os astronautas continuassem a seguir os passos de Gagarin, o CEO (e designer-chefe) da empresa respondeu que garante "que este traje espacial era um dos protótipos e a versão final do traje espacial proporcionará a possibilidade de urinar no pneu".
Mesmo parecendo algo simples, de acordo com o portal, a questão da braguilha obrigaria uma mudança no protótipo de trajes feitos sob medida para cada astronauta. E cada um deles custa cerca de US$ 250 milhões (R$1,4 bilhão), comparados aos da Nasa.