Tiroteio nos EUA: suspeito é afegão e teria trabalhado com a CIA

Homem foi detido acusado de atirar contra dois membros da Guarda Nacional em Washington DC

Ataque aconteceu a poucos quarteirões da Casa Branca
Foto: Reprodução/redes sociais via @zarrar_11PK
Ataque aconteceu a poucos quarteirões da Casa Branca

Um cidadão afegão foi detido após supostamente atirar em dois militares da Guarda Nacional dos EUA a poucos quarteirões da Casa Branca nesta quarta-feira (26). De acordo com novas informações divulgadas pelo jornal Fox News, ele teria trabalhado com a CIA como membro de uma força parceira no Afeganistão.

Veja:  O que se sabe o ataque a membros da Guarda Nacional nos EUA

O governo estadunidense já havia confirmado que Rahmanullah Lakanwal, de 29 anos, havia entrado no país logo após a retirada das  Forças americanas do Afeganistão, em agosto de 2021. Segundo a Fox, o homem chegou nos EUA um mês depois na "Operação Boas-vindas aos Aliados". A agência de notícias internacionais AP News confirmou as informações.

O jornal indica ainda que Lakanwal tinha "um relacionamento prévio com várias entidades do governo dos EUA", incluindo a agência de inteligência do país, a CIA.

Ataque à militares da Guarda Nacional

Dois militares da Guarda Nacional estão gravemente feridos
Foto: Reprodução/redes sociais via @zarrar_11PK
Dois militares da Guarda Nacional estão gravemente feridos


Segundo as autoridades locais, um homem abriu fogo na tarde de quarta (horário local) no centro da capital Washington contra dois membros da Guarda Nacional. Os disparos ocorreram a apenas dois quarteirões a noroeste da Casa Branca, perto de uma estação de metrô.

Ao menos um dos soldados teria revidado o ataque. Segundo o governo americano, o suspeito ficou "gravemente ferido" e está sob custódia, enquanto os dois militares estão hospitalizados em estado crítico.

O presidente  Donald Trump classificou o ataque como "um ato de terror", pouco antes do governo anunciar a suspensão de todos os pedidos de imigração de cidadãos do Afeganistão.

Quem é o suspeito?

Rahmanullah Lakanwal entrou nos EUA em 2021 pelo programa de boas-vindas a aliados no Afeganistão criado pelo governo Biden, com objetivo de evacuar e reassentar milhares de afegãos após a retirada americana do país.

O programa trouxe cerca de 76 mil refugiados, muitos deles tradutores e colaboradores das tropas dos EUA, mas foi alvo de críticas de Trump, republicanos e órgãos de controle por supostas falhas na triagem.


O afegão vivia no estado de Washington com a esposa e cinco filhos. Sua identidade e histórico ainda estão sendo verificados, segundo informaram à AP News duas fontes policiais e uma pessoa ligada ao caso.

Ainda na noite de quarta, Trump divulgou um vídeo pedindo a “reinvestigação” de todos os refugiados afegãos admitidos sob o governo Biden. “Se não conseguirem amar o nosso país, não os queremos aqui”, declarou, chamando o ataque de “crime contra toda a nação”.

O motivo do ataque ainda é desconhecido. De acordo com Jeffery Carroll, chefe assistente da polícia de Washington, o atirador “virou a esquina e abriu fogo”, conforme mostrado em imagens analisadas pelos investigadores. “Foi um ataque direcionado”, afirmou a prefeita Bowser.