
Pelo menos 44 pessoas morreram e 279 permanecem desaparecidas após um incêndio de grandes proporções atingir um conjunto habitacional nesta quarta-feira (26), em Tai Po, Hong Kong . Até o momento não está claro se as vítimas fatais estão entre as pessoas hospitalizadas ou se já foram econtradas sem vida. As informações são do South China Morning Post.
De acordo com o chefe do Executivo da região, John Lee Ka-chiu, as chamas destruíram sete blocos residenciais e dezenas de pessoas foram hospitalizadas. Destas, 45 estão em estado grave.
Quase 10 horas após o início do incêndio, as chamas ainda se alastram e seguem devastando andaimes de bambu e telas verdes que cobriam os edifícios, que estavam passando por reformas desde julho de 2024.

Os bombeiros afirmaram que não conseguiram chegar aos telhados dos apartamentos de 31 andares devido às altas temperaturas. A causa do incêndio ainda está sendo investigada.
O presidente da China, Xi Jinping , expressou suas condolências às vítimas. O líder ainda chamou "todos os esforços para extinguir o incêndio e minimizar as vítimas e os prejuízos" .
O Wang Fuk Court, é composto por oito blocos com mais de 1900 apartamentos que abrigam 4000 moradores.
As autoridades classificaram o episódio como o incêndio mais mortal da história recente de Hong Kong, superando o caso do edifício Garley, em 1996.
Investigações
Novas informações levantadas pelas autoridades apontam que a propagação das chamas foi considerada “incomum” após equipes encontrarem isopor altamente inflamável cobrindo janelas de elevadores em todos os andares
Segundo a investigação preliminar, o material acelerou o avanço do fogo pelos corredores e atingiu rapidamente os apartamentos. As telas externas usadas na obra também não atendiam aos padrões de segurança.
Dois diretores e um consultor da empreiteira responsável pela reforma foram presos por homicídio culposo, segundo o South China Morning Post.
A acusação envolve o uso de materiais não conformes tanto nos andaimes quanto na vedação das janelas, o que teria contribuído diretamente para o desastre.
A polícia também realizou buscas na empresa administradora do conjunto habitacional e apreendeu documentos.