E-mails de Epstein são armadilha da oposição, diz Trump

Presidente dos Estados Unidos afirma que objetivo é desviar a atenção da paralisação do governo federal, que já dura 42 dias

Donald Trump, presidente dos Estados Unidos
Foto: Reprodução
Donald Trump, presidente dos Estados Unidos

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, afirmou nesta quarta-feira (12) que a polêmica envolvendo os e-mails de Jeffrey Epstein são uma “armadilha” da oposição para desviar a atenção da paralisação do governo federal, que já dura 42 dias, o chamado shutdown.

A reação de Trump é uma resposta à divulgação, pelo Congresso dos Estados Unidos, de e-mails que mostram Epstein afirmando que Trump “sabia” de seu esquema de abusos sexuais e que certa vez o atual presidente “passou horas” em sua casa com uma das vítimas.

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“Os democratas estão tentando ressuscitar a farsa de Jeffrey Epstein porque fariam qualquer coisa para desviar o foco de como se saíram mal na paralisação e em tantos outros assuntos”, escreveu Trump em sua rede social.

O financista bilionário Jeffrey Epstein foi acusado de ter abusado de mais de 250 meninas menores de idade e de operar uma rede de exploração sexual.

Ele era conhecido por ter uma grande rede de contatos com políticos, celebridades e empresários norte-americanos .

Segundo a imprensa norte-americana, Trump era amigo de Epstein durante a década de 1990 e voou repetidamente em seu avião particular.

Mas o presidente nega ter visitado a ilha caribenha privada, aonde grande parte do abuso supostamente ocorreu.

Epstein foi preso em julho de 2019 e, segundo as autoridades dos Estados Unidos, tirou a própria vida um mês depois, dentro da cela.

Na época, o patrimônio líquido de Epstein foi estimado em aproximadamente US$ 560 milhões (cerca de R$ 3,1 bilhões na cotação atual), de acordo com informações da emissora americana CBS News.



A população americana, incluindo apoiadores, pedem a publicação de todos os documentos ligados ao caso.

Durante a sua campanha eleitoral no ano passado, o presidente Trump prometeu divulgar os relatórios, mas recuou depois de eleito.