
A polícia das regiões de Devon e Cornwall, no sudoeste da Inglaterra, confirmou que supostos restos mortais de uma criança encontrados em uma área de mata próxima à uma vila local eram, na verdade, uma boneca sexual com aparência infantil. As informações foram divulgadas pelo The Independent nesta quinta-feira (06).
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O então suposto corpo infantil havia sido encontrado por moradores em 18 de outubro, em um caso que mobilizou uma grande operação policial . Os agentes chegaram a descrever o ocorrido como "profundamente perturbador".
Entenda o caso
O objeto, que acredita-se ser o cadáver de uma criança , estava dentro de um saco preto em uma área florestal mais afastada da cidade. Após a descoberta feita pelos moradores, a polícia foi acionada e chegou a isolar a área e a fechar estradas, aguardando a chegada de peritos.
A confusão foi esclarecida no dia seguinte, quando a polícia informou que os restos “não eram humanos”. A corporação explicou que, ao remover o objeto para um ambiente controlado, constataram que se tratava de uma boneca extremamente realista, com peso e proporções semelhantes às de uma criança.
Em nota, a polícia classificou a descoberta como “alarmante” e disse estar preocupada com o fato de alguém possuir um item desse tipo e o abandonar em local público. As investigações seguem para identificar o proprietário.
Polêmica envolvendo bonecas realistas
O caso ocorre em meio a uma polêmica internacional sobre a venda de bonecas infantis realistas sexuais . Modelos semelhantes foram encontrados em plataformas de comércio eletrônico, incluindo o site Shein, que anunciou o banimento de todos os produtos relacionados ao produto após ser denunciado por autoridades francesas.
Em comunicado, a empresa declarou: “A Shein não tolera o descumprimento de suas políticas. Contas de vendedores associadas a produtos ilegais ou inadequados serão banidas permanentemente. Reafirmamos nossa política de tolerância zero em relação à exploração sexual infantil.”
A polícia de Devon e Cornwall informou ao jhe Independent que vai continuar investigando a origem da boneca e defendeu medidas mais rígidas para impedir a produção, venda e circulação de objetos desse tipo, afirmando que sua prioridade é “proteger crianças e prevenir qualquer forma de exploração”.