
Os Estados Unidos enviará um representante ao Oriente Médio para dar continuidade à primeira fase do plano de paz do presidente Donald Trump, para Gaza.
De acordo com informações do The Times of Israel, o enviado especial dos Estados Unidos, Steve Witkoff, deve viajar na noite deste domingo (19).
A publicação diz ainda que, segundo a agência de notícias Axios, Witkoff deve visitar Israel e Egito, e provavelmente também irá a Gaza.
A expectativa é que o enviado especial atue na articulação da criação da força internacional de estabilização (ISF) e na reconstrução em áreas de Gaza que não estão sob controle do Hamas, particularmente Rafah.
A visita está marcada para ocorrer em meio ao crescente desconforto em Israel causado pela demora do Hamas em devolver os corpos dos reféns que ainda estão em Gaza.
Também há resgitros de mortes e prisões de membros de grupos rivais do Hamas na Faixa de Gaza.
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"Acreditamos que o Hamas esteja retendo entre sete e dez corpos que podem ser devolvidos a qualquer momento. Eles optaram por não fazer isso e estão criando uma crise", disse um alto funcionário israelense não identificado ao Axios.
Articulações
Ainda segundo informação da imprensa norte-americana, Trump ligou para o primeiro-ministro Benjamin Netanyahu para conversar sobre a preocupação com a demora da devolução dos corpos.
A Axios e a emissora pública Kan afirmam que os Estados Unidos informaram a Israel que a questão dos corpos dos reféns não deve ser usada como desculpa para impor sanções ou impactar a implementação de próximos passos não divulgados no acordo.
Embora Israel tenha ameaçado impor sanções, como a redução da entrada de ajuda na Faixa de Gaza, não tomou nenhuma medida, segundo a emissora pública
Coforme contabiliza o The Times of Israel, o Hamas devolveu os restos mortais de nove reféns mortos desde que aceitou a primeira fase do plano de paz de Trump, para Gaza; os corpos de mais 19 reféns permanecem em Gaza.
A primeira fase do plano de cessar-fogo estabelecia a libertação dos 20 reféns vivos que ainda permaneciam presos com o Hamas - o que foi feito na última segunda-feira (13)- , e também a entrega dos corpos de outros 28 reféns que morreram em cativeiro, em troca da libertação de presos palestinos ; o que também foi cumprido.