
O Aeroporto Adolfo Suárez Madrid-Barajas, principal terminal aéreo da capital espanhola, enfrentou na manhã desta quarta-feira (2) um colapso no controle de passaportes da Terminal 4 Satélite (T4S), provocando longas filas, atrasos e a perda de voos por centenas de passageiros.
O caos foi desencadeado por uma falha informática que afetou os sistemas utilizados pela Polícia Nacional para o controle de fronteira. O problema ocorreu entre 11h e 14h, horário europeu, justamente no horário de maior concentração de voos intercontinentais. A falha deixou parcialmente inoperantes os postos de controle, com apenas metade das cabines funcionando, o que gerou filas de mais de uma hora.
Segundo informações divulgadas pela imprensa local, cerca de 500 passageiros perderam seus voos por não conseguirem passar pelo controle de passaportes a tempo.
A principal companhia aérea afetada foi a Iberia, que opera grande parte dos voos na T4S. A empresa confirmou que está trabalhando para realocar os passageiros prejudicados. Em algumas áreas, houve tensão e aglomerações, o que exigiu a intervenção da Guardia Civil para controlar o fluxo de pessoas.
O incidente levantou críticas de entidades do setor. A Mesa del Turismo classificou o episódio como “inadmissível” e responsabilizou o Ministério do Interior pela falta de efetivos policiais no aeroporto, problema que já vinha sendo apontado em ocasiões anteriores.
Por volta das 15h, a situação foi normalizada. A AENA, empresa pública que administra os aeroportos espanhóis, informou que os sistemas voltaram a funcionar normalmente e que todos os postos de controle foram reativados. A frequência do trem interno entre a T4 e a T4S foi temporariamente ajustada para evitar novas aglomerações.
Impacto em pleno verão europeu
O incidente ocorre em plena alta temporada de verão, quando o fluxo de turistas internacionais atinge seu pico. Especialistas alertam que a infraestrutura de Barajas, apesar de moderna, opera no limite durante esses períodos e que falhas técnicas, combinadas com escassez de pessoal, podem provocar grandes colapsos operacionais.