
Nesta sexta-feira (21), a Cruz Vermelha confirmou o recebimento do corpo que o Hamas afirmou ser de Shiri Bibas. As Forças de Defesa de Israel aguardam a entrega correta dos restos mortais da refém israelense, que foi morta em novembro de 2023 pelo grupo terrorista.
O Instituto Forense de Abu Kabir fará a identificação, após o Hamas ter enviado o corpo de uma mulher de Gaza, em vez de Shiri Bibas.
Anteriormente, o Hamas havia sugerido que os restos mortais de Shiri poderiam ter sido trocados pelos de outra pessoa na Faixa de Gaza. O grupo reconheceu "a possibilidade de erro" depois que Israel afirmou que os restos entregues não correspondiam aos de Shiri.
Conforme informou o The Times of Israel, as autoridades israelenses veio com comunicado pouco tempo depois de descobrirem que o corpo entregue pelo Hamas não era o de Shiri, mãe de Ariel e Kfir Bibas, sendo na verdade um corpo de uma mulher de Gaza, e que após um ataque aéreo isralense, confundiram os corpos.
Ainda segundo o jornal isralense, o IDF declarou que os resultados das análises forenses indicaram que terroristas palestinos assassinaram as crianças Bibas "com suas próprias mãos", semanas após o sequestro ocorrido em 7 de outubro de 2023.
O porta-voz do Exército, contra-almirante Daniel Hagari, disse, em declaração em rede nacional, que as duas crianças foram brutalmente assassinadas enquanto eram mantidas reféns em Gaza, no máximo em novembro do mesmo ano.
O grupo terrorista Hamas entregou quatro corpos de reféns a Israel nesta quinta-feira (20) e afirmou que eles seriam de Shiri Bibas, a mãe da família, e de Ariel e Kfir. Ao longo do dia, análises confirmaram as mortes das crianças, mas descartaram que o corpo entregue seria de Shiri.
Horas depois, o Hamas disse que houve uma confusão e que os restos mortais entregues a Israel eram, na verdade, de uma mulher de Gaza. Os terroristas também afirmaram que a troca aconteceu porque a família e os sequestradores morreram durante um bombardeio israelense.
No entanto, os resultados analisados contradizem essa versão. A análise confirma que as crianças não morreram em um ataque aéreo, como alegado pelo Hamas, mas foram assassinadas de forma brutal e fria. O porta-voz do Exército ainda afirmou que os terroristas ainda tentaram encobrir o que ocorreu.
A análise se baseia em descobertas forenses do processo de identificação, bem como em informações de inteligência. ''Compartilhamos essas descobertas, inteligência e forense com nossos parceiros ao redor do mundo para que eles possam verificá-las”, disse Hagari.
O porta-voz do Exército afirmou que o Hamas estava descumprindo o acordo e que deveria devolver o corpo de Shiri "sem demora".
O Fórum de Famílias de Reféns e Pessoas Desaparecidas expressou sua profunda consternação diante do destino dos Bibas. "A família, assim como todos nós que os apoiamos, tem uma mensagem: lembrem-se de Ariel e Kfir. Que a memória deles nos inspire a agir. A luta para trazer todos os reféns de volta para casa não pode cessar nem por um momento. Este é um momento de clareza moral. O mundo precisa permanecer unido e exigir seu retorno imediato — antes que seja tarde demais", declarou o fórum.
O grupo terrorista afirmou que permanece comprometido em cumprir o atual acordo de cessar-fogo e libertação de reféns, prometendo cumprir "todas as obrigações". Eles alegaram ainda que não têm interesse em reter quaisquer corpos de reféns.
A liberação de seis reféns vivos segue confirmada para amanhã (22), sendo eles: Tal Shoham, Omer Shem-Tov, Eliya Cohen, Omer Wenkert, Avera Mengistu e Hisham al-Sayed.
Segundo declarações anteriores do Hamas, os seis são os últimos sobreviventes entre aqueles que foram escolhidos para serem devolvidos na primeira fase do acordo. As famílias dos jovens foram informadas pelas autoridades israelenses na terça-feira.
Para encerrar a primeira fase do acordo, o Hamas também deve liberar mais quatro corpos nos próximos dias. Já a segunda solicita a liberação dos reféns que faltam, colocando um fim definitivo para o conflito e a libertação de mais presos de segurança palestinos. Pressupõem-se que na segunda fase, cerca de 24 reféns vivos seriam libertados.
O jornal The Times of Israel informou que serão libertados 602 presos palestinos. Desses, 445 são indivíduos de Gaza que foram presos após o ataque do Hamas em 7 de outubro.
Na noite de quinta-feira, a mídia israelense informou que sete dos prisioneiros que seriam libertados solicitaram para continuar na prisão, sendo então substituídos por outros presos elegíveis.