Vídeo: María Corina Machado diz em vídeo que está ‘bem’ após informação sobre prisão

O caso ocorreu após um protesto contra o governo de Nicolás Maduro

A líder opositora venezuelana María Corina Machado em manifestação em Caracas em 28 de agosto de 2024
Foto: JUAN BARRETO
A líder opositora venezuelana María Corina Machado em manifestação em Caracas em 28 de agosto de 2024


María Corina Machado , líder opositora venezuelana , gravou um vídeo nesta quinta-feira (9) confirmando estar "bem" após informações sobre sua detenção e libertação . Segundo o jornal O Globo, a divulgação foi feita pela coalizão opositora , que declarou que a cena comprova sua liberdade e desmente rumores de manipulação.

Segundo declarações da oposição, durante o período em que esteve sob custódia, Machado foi forçada a gravar diversos vídeos antes de ser liberada. "Nas próximas horas, ela falará ao país para explicar os fatos", informou.

O caso ocorreu após um protesto contra o governo de Nicolás Maduro, no qual Machado foi perseguida por motocicletas, com disparos de armas de fogo sendo realizados durante a ação. Ela foi levada à força e permaneceu desaparecida por algumas horas antes de sua libertação.

A manifestação fazia parte de uma série de protestos contra a posse consecutiva de Maduro, em meio a uma crise política e tensões crescentes na Venezuela. Machado estava em clandestinidade há mais de 100 dias antes de reaparecer publicamente.

O ex-diplomata Edmundo González, que reivindica a presidência, exigiu a libertação imediata de Machado enquanto ela ainda estava sob custódia.

Em declaração, González afirmou: "Os venezuelanos recuperarão sua liberdade muito em breve. Nos veremos em breve em Caracas, em liberdade."

González, que atualmente está exilado na Espanha, prometeu retornar ao país para tomar posse como presidente no dia 10 de janeiro, desafiando as ameaças feitas por Maduro.


Briga política na Venezuela

A detenção e libertação de Machado ocorrem em um momento de forte contestação política na Venezuela.

Após as eleições de 28 de julho do ano passado, chavistas e opositores disputam a legitimidade dos resultados, com o tribunal superior, controlado por apoiadores de Maduro, ratificando sua vitória sem divulgar atas eleitorais detalhadas.

A oposição, liderada por González, alega possuir contagens que demonstram uma vitória esmagadora e questiona a decisão das autoridades.

Hostilidade

O clima de instabilidade política é agravado pelo plano militar "Órgão de Defesa Integral da Venezuela", que mobilizou forças armadas e policiais para conter os protestos e evitar confrontos.

Desde a reeleição contestada de Maduro, a crise deixou um saldo de 28 mortos, 200 feridos e 2.400 detidos, dos quais 1.500 já foram libertados. Grande parte dos detidos enfrenta acusações de terrorismo, intensificando as tensões internas e atraindo atenção internacional.

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