Na manhã desta segunda-feira (30), o Gabinete de Investigação da Corrupção da Coreia do Sul emitiu um mandado de prisão contra o presidente suspenso Yoon Suk Yeol . A decisão está ligada aos eventos que marcaram uma tentativa de golpe frustrada no início de dezembro. O presidente havia declarado l ei marcial no país, alegando uma ameaça iminente de "forças comunistas" , o que levou à ação militar no cenário de uma possível crise interna.
A medida, adotada principalmente em tempos de guerra, foi rapidamente revogada em menos de seis horas após a oposição expressa no Parlamento. Yoon Suk Yeol justificou o ato como uma reação desesperada a possíveis ataques de simpatizantes da Coreia do Norte e "elementos antiestatais", que ele alegou representarem um risco para o governo sul-coreano.
Contudo, o Ministério Público da Coreia do Sul divulgou recentemente um relatório que revela um episódio alarmante: Yoon Suk Yeol teria autorizado que soldados do Exército invadissem o prédio do Parlamento, usando força letal se necessário.
O presidente suspenso teria dado a ordem diretamente ao comandante de defesa de Seul, dizendo: “Eles ainda não entraram? O que eles estão fazendo? Arrombe a porta e tire-os de lá, mesmo que seja atirando neles.”
Além disso, o presidente teve seu impeachment confirmado após votação no dia 14 de dezembro, e sua saída definitiva ainda precisa ser validada pela Suprema Corte, com uma decisão prevista para os próximos seis meses.
Na última sexta-feira (27), o presidente interino Han Duck-soo também foi afastado do cargo, sendo substituído por Choi Sang-mok, ministro das Finanças, após ser implicado na tentativa de golpe.