O governo da Rússia criticou nesta quinta-feira (26) as especulações sobre as causas do acidente aéreo com um avião da Embraer perto de Aktau, no Cazaquistão, que deixou 38 mortos e 29 feridos na última quarta (25).
A aeronave da Azerbaijan Airlines voava entre Baku, capital do Azerbaijão, e Grozny, na Chechênia, e caiu em uma suposta tentativa de pouso de emergência.
Vídeos divulgados nas redes sociais mostram aparentes sinais de perfuração na parte traseira do avião, gerando especulações sobre um possível abatimento por engano.
"Uma investigação está em curso no momento. Todo acidente aéreo deve ser investigado por autoridades especializadas", declarou o porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov, em coletiva de imprensa. "Seria errado construir hipóteses antes de o painel de investigação apresentar as conclusões. Ninguém deveria fazer isso", acrescentou.
Veículos russos críticos do regime de Vladimir Putin afirmam que o avião Embraer 190 pode ter sido abatido por um míssil terra-ar das forças de Moscou, após o acionamento da defesa antiaérea para conter drones ucranianos na Chechênia. Pelo menos sete cidadãos russos morreram no desastre, e outros nove ficaram feridos, incluindo um menor de idade.
Todos os sobreviventes estavam na parte de trás da aeronave, que se desprendeu antes que o restante da fuselagem pegasse fogo.
O presidente do Senado do Cazaquistão, Maulen Ashimbaiev, fez coro ao Kremlin e afirmou que "não é possível" dizer agora o que causou a queda do avião. "O Cazaquistão, a Rússia e o Azerbaijão não têm interesse em esconder informações", acrescentou.