Macron nomeia François Bayrou como primeiro-ministro da França

François Bayrou é líder de partido centrista e ex-ministro da Educação

Macron ao lado de François Bayrou, novo Primeiro-Ministro da França
Foto: AFP
Macron ao lado de François Bayrou, novo Primeiro-Ministro da França


O presidente da França, Emmanuel Macron , anunciou nesta sexta-feira (13) que François Bayrou , líder do partido centrista Movimento Democrático (MoDem), ex-ministro da Educação e antigo candidato presidencial será o novo primeiro-ministro do país .

Macron esteve reunido durante uma hora e 45 minutos com Bayrou. A escolha de um novo primeiro-ministro surge depois de o governo liderado por Michel Barnier ter sido alvo de uma moção de censura do Parlamento ao tentar aprovar os orçamentos para 2025. No último dia 4, foi destituído do cargo   pelos deputados a partir de votos importantes como dos partidos da coligação de esquerda Nova Frente Popular e a União Nacional (RN), além de partidos de extrema-direita.

Para a formação de um novo governo, Emmanuel Macron reuniu-se nesta semana com representantes de quase todos os partidos, à exceção da França Insubmissa, pertencente à Nova Frente Popular, e a União Nacional de Marine Le Pen.

Bayrou, de 73 anos, é aliado centrista de Macron e um político veterno na França. Ele terá o desafio de reunir uma maioria parlamentar que impeça sua queda, anunciou a Presidência.

Clima político na França

O líder da União Nacional (RN), Jordan Bardella, garantiu que o partido não vai "censurar a priori" o novo governo do premiê. No entanto, o presidente do partido lembrou Bayrou que tem de ter “em consideração a nova situação política”, apelando a que compreenda que não “dispõe de legitimidade democrática, nem a maioria na Assembleia Nacional”. “Isso pressupõe um diálogo com todas as forças representadas no Parlamento”, acrescentou.

O partido político França Insubmissa já deixou claro que vai avançar com uma moção de censura. Na rede social X, o coordenador nacional do partido, Manuel Bompard, disse que Macron mostrou o “dedo do meio” à democracia. “Após ter perdido as últimas eleições, Macron está colocando o seu apoiante em Matignon [residência oficial dos primeiros-ministros]. Derrubar Bayrou será derrubar Macron. Vamos avançar com uma moção de censura", pontuou.

Na França, presidente e primeiro-ministro governam em conjunto e são eleitos de formas diferentes. O presidente chega ao cargo por votação direta, enquanto o premiê é indicado pelo partido que vence as eleições parlamentares. O presidente tem a prerrogativa de apontar um candidato alheio ao nome indicado pelo Parlamento.


** Formado em jornalismo pela UFF, em quatro anos de experiência já escreveu sobre aplicativos, política, setor ferroviário, economia, educação, animais, esportes e saúde. Repórter de Último Segundo no iG.