O presidente da Síria , Bashar al Assad , prometeu neste domingo (1º) que recorrerá à força para eliminar "o terrorismo ", informou um meio de comunicação oficial, após uma ofensiva relâmpago de grupos rebeldes liderados por islamistas .
"O terrorismo só entende a linguagem da força, e é com esta linguagem que vamos acabar com ele e eliminá-lo, quaisquer que sejam seus apoiadores e promotores", disse Assad, citado pela agência de notícias oficial Sana, em declarações durante uma chamada telefônica com uma autoridade da Abkhazia, uma região separatista pró-russa da Geórgia.
ONU faz alerta
Os combates em curso entre forças rebeldes e o Exército sírio têm "graves implicações para a paz regional e internacional", advertiu, neste domingo (1º), o enviado especial da ONU para a Síria, Geir O. Pedersen.
"Faço um apelo para um compromisso político urgente e sério — entre as partes sírias e internacionais — para evitar um derramamento de sangue e se concentrar em uma solução política de acordo com a Resolução 2254 do Conselho de Segurança, estabelecida em 2015", afirmou Pedersen em comunicado.
"Os últimos fatos supõem grandes riscos para os civis e graves implicações para a paz e a segurança regional e internacional", acrescentou.
Uma coalizão de grupos rebeldes, liderada por facções islamistas, lançou uma ofensiva relâmpago na quarta-feira que lhe permitiu tomar o controle de grande parte de Aleppo, a segunda maior cidade da Síria, pela primeira vez desde 2011, quando eclodiu a guerra.
Os combatentes insurgentes lançaram esta operação contra as forças do regime de Bashar al Assad, apoiadas por Rússia e Irã, no noroeste da Síria, e tomaram o controle de dezenas de localidades, antes de chegarem a Aleppo, o motor econômico do país.