O que Elon Musk fará no governo Trump? Veja o que se sabe sobre o cargo

Empresário será comandante do "departamento de eficiência governamental"

O empresário Elon Musk participa de um comício de Donald Trump na Pensilvânia
Foto: JIM WATSON
O empresário Elon Musk participa de um comício de Donald Trump na Pensilvânia

Uma semana após sua vitória nas eleiçõesDonald Trump começa a montar sua equipe na Casa Branca, com destaque para o bilionário Elon Musk , que será o responsável pelo Departamento de Eficiência Governamental , uma nova estrutura que terá como missão "desmantelar a burocracia governamental", promover "uma reforma estrutural em larga escala" e realizar cortes significativos nos gastos públicos.

Musk dividirá a liderança deste departamento com Vivek Ramaswamy, empresário do setor tecnológico e ex-candidato republicano à presidência.

Ainda não se sabe exatamente como o departamento será estruturado e qual será sua duração. Embora Musk e Ramaswamy tenham até julho de 2026 para cumprir suas metas, não está claro se seus cargos também estarão vinculados a essa data.

Em sua rede social, o X (antigo Twitter), Musk celebrou a nomeação com entusiasmo: "Tornando o governo divertido novamente! As pessoas não têm ideia do quanto isso vai fazer diferença". O bilionário também garantiu que todas as ações do novo departamento serão divulgadas publicamente online, com o objetivo de garantir "máxima transparência".

De acordo com fontes da imprensa americana, Musk tem sido um importante conselheiro de Trump, sugerindo nomes para o gabinete e até  participando de uma conversa entre o presidente eleito e o presidente ucraniano Volodymyr Zelensky na semana passada.

Além disso, Musk tem apoiado financeiramente a campanha de Trump por meio de seu comitê de ação política, que gastou cerca de US$ 200 milhões (mais de R$ 1,1 bilhão) para impulsionar a candidatura republicana. Musk também tem prometido continuar a financiar esforços para promover a agenda de Trump e apoiar candidatos republicanos nas próximas eleições para o Congresso.

Ao longo da campanha presidencial, Musk foi uma presença constante nos comícios de Trump e, nos últimos dias antes da eleição, organizou uma série de sorteios de US$ 1 milhão por dia para eleitores de estados-chave, um movimento que gerou polêmica, sendo acusado por críticos de ser uma tentativa de "comprar votos", embora a ação tenha sido contestada judicialmente.

Musk, de 53 anos, estava ao lado de Trump em Mar-a-Lago, na Flórida, na noite da eleição, comemorando a vitória do republicano.

Outras nomeações

Além de Musk,  Trump anunciou também a nomeação de Pete Hegseth, apresentador da Fox News e veterano de guerra, para o cargo de secretário de Defesa. Hegseth, que é conhecido por suas opiniões conservadoras, deve atuar em um momento delicado da política externa dos Estados Unidos.

Enquanto isso, uma das principais incógnitas da nova administração é o papel de Robert F. Kennedy Jr., ex-candidato presidencial e ativista antivacina, que deixou sua candidatura independente para apoiar Trump. O presidente eleito indicou que pretende dar a Kennedy um papel importante em sua administração, com foco em tornar os Estados Unidos "saudáveis novamente". Em seu discurso de vitória, Trump comentou: "Ele quer fazer algumas coisas, e vamos deixá-lo fazer isso".

No Congresso, os republicanos conquistaram o Senado e estão cada vez mais próximos de alcançar a maioria na Câmara dos Representantes, o que dá a Trump um  apoio legislativo crucial para avançar com sua agenda. Com essa composição, o presidente eleito poderá contar com uma base sólida para implementar suas reformas e políticas durante seu segundo mandato.