Torcedores do time de futebol israelense Maccabi Tel Aviv foram atacados em um "grave incidente de violência" no estádio Johan Cruyff, em Amsterdã, na Holanda,
entre a noite de quinta-feira (7) e a madrugada desta sexta-feira (8) afirmaram autoridades holandesas e israelenses. Em nota, a StandWithUs Brasil
expressou "grande preocupação" com o ocorrido.
De acordo com as autoridades, o episódio deixou cinco pessoas hospitalizadas e 62 detidas. Segundo os relatos nas redes sociais, cerca de 3.000 israelenses foram até a Holanda para assistir ao jogo, tumultuado após as manifestações pró-Palestina.
Na manhã desta sexta, o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, anunciou o envio de dois aviões de resgate para a Holanda. Segundo o premiê, os torcedores foram alvo "de um ataque antissemita premeditado". O primeiro avião já decolou do aeroporto de Ben Gourion, em Tel Aviv, e deve chegar a Amsterdã no início da tarde.
Os fãs do time israelense foram agredidos após a partida contra o Ajax de Amsterdã. O presidente de Israel, Isaac Herzog, comparou o "incidente violento" ao ataque do grupo Hamas de 7 de outubro, que desencadeou a guerra na Faixa de Gaza.
"Assistimos com horror às imagens e vídeos chocantes que esperávamos nunca mais rever desde 7 de outubro e que mostra um ataque antissemita contra torcedores do Maccabi Tel Aviv e cidadãos israelenses, no coração de Amsterdã", escreveu Herzog em uma mensagem publicada na rede X.
O primeiro-ministro holandês, Dick Schoof, classificou os "ataques antissemitas contra israelenses" em Amsterdã como "inaceitáveis", adicionando que os autores desses atos serão processados. "Acompanhei as notícias de Amsterdã com 'nojo'", escreveu no X.
Nota da StandWithUs Brasil
Em nota, a organização StandWithUs Brasil condenou o ocorrido e disse que "esses ataques brutais devem alarmar a todos".
A StandWithUs Brasil se junta à StandWithUs Netherlands e a todos os outros escritórios internacionais da organização para expressar grande preocupação com o pogrom ocorrido em Amsterdã ontem (7), após uma partida de futebol do Maccabi Tel Aviv contra o Ajax, pela Liga Europeia.
Vídeos mostram apoiadores do Hamas nas ruas elogiando o grupo terrorista e expressando ódio aos judeus. Após o jogo, os israelenses foram caçados e atacados por multidões. Alguns torcedores relataram ter sido alvejados por gangues cujos integrantes eram pessoas que falavam árabe. Atacaram homens, mulheres e crianças nas primeiras horas da manhã. Testemunhas oculares falaram de tentativas de esfaqueamento, pessoas sendo jogadas em um rio, e extremistas espancando e cuspindo em israelenses.
De acordo com oficiais de Israel, 10 cidadãos do país foram feridos e outros 10 ainda não entraram em contato com suas famílias. Segundo a polícia de Amsterdã, cinco pessoas foram hospitalizadas e houve 62 prisões.
A princípio, Israel cogitou enviar uma missão de resgate, com dois aviões, mas não foi necessário. Autoridades holandesas e europeias condenaram o ocorrido, nos mais fortes termos. Ainda assim, os israelenses que se encontram na Holanda foram orientados a não saírem nas ruas. Os judeus no país também foram advertidos a não usarem símbolos judaicos em público. As companhias aéreas israelenses adicionaram voos para trazer israelenses de volta da Holanda.
Esses ataques brutais devem alarmar a todos. Há de haver tolerância zero para a agressão de um grupo de pessoas motivada apenas por sua identidade. É assustador que isso esteja acontecendo nas vésperas do aniversário da Noite dos Cristais, onda de violência antissemita na Alemanha em 1938, que deu início ao genocídio de seis milhões de judeus durante a Segunda Guerra Mundial. Como afirmou o Yad Vashem, o museu do Holocausto de Jerusalém, o que aconteceu ontem foi um verdadeiro pogrom e demonstra o crescimento alarmante do antissemitismo no mundo, sobretudo após o massacre realizado pelo Hamas no dia 7 de Outubro.