Sánchez envia 10 mil militares e policiais para Valência

Inundações na província deixaram mais de 210 mortos

'Estou acompanhando de perto e com preocupação as informações sobre as pessoas desaparecidas e os danos causados pela tempestade', disse o primeiro-ministro Pedro Sánchez.
Foto: Reprodução: Flipar
'Estou acompanhando de perto e com preocupação as informações sobre as pessoas desaparecidas e os danos causados pela tempestade', disse o primeiro-ministro Pedro Sánchez.

O premiê da Espanha, Pedro Sánchez, anunciou neste sábado (2) o envio de mais 5 mil militares do Exército e outros 5 mil agentes da Polícia e da Guarda Civil para auxiliar na resposta à emergência após as inundações que deixaram mais de 200 mortos na província de Valência.

"A região pede mais militares, equipamentos e recursos para enfrentar a segunda pior inundação do século na Europa", disse o primeiro-ministro socialista após uma reunião do comitê de crise do governo em Madri.

Até o momento, o balanço oficial contabiliza 211 óbitos na tragédia climática, quase todos eles na província de Valência.

"Além da busca pelos desaparecidos, a prioridade é restabelecer serviços danificados nos municípios", disse Sánchez.

O desastre foi causado por um fenômeno conhecido como Depressão Isolada em Níveis Altos (Dana, na sigla em espanhol), que acontece quando uma massa de ar gelado cai sobre outra de ar quente, produzindo chuvas intensas.

As inundações deixaram cidades inteiras debaixo d'água e provocaram cenas apocalípticas na província de Valência, onde carros se amontoaram uns em cima dos outros devido às enxurradas.

"A Dana provocou danos severos em pontes, rodovias, linhas elétricas, empresas de distribuição e outras infraestruturas que não foram projetadas para suportar os ventos e o volume de água que as atingiram", acrescentou o premiê espanhol.

Sánchez ressaltou ainda que o momento é de união, e não de procurar culpados.

"Haverá o momento certo para olhar para trás e apurar responsabilidades, como ocorreu após a pandemia de Covid-19.

Mas agora é necessário orientar os esforços ao colossal trabalho que temos diante de nós e manter nosso país unido na adversidade e na solidariedade", afirmou.