"Tempestade do século": furacão Milton toca o solo na Flórida com ventos de 200 km/h

Milton tocou a costa centro-oeste da Flórida, às 21h30, nesta quarta-feira (9); rajadas de vento superiores a 90 km/h já atingem o sudoeste do estado

O alerta gerado  pela proximidade do furacão Milton, que ganhou velocidade e dimensão assustadoras surpreendendo até os especialistas, causou um esvaziamento de cidades na Flórida.
Foto: Reprodução: Flipar
O alerta gerado pela proximidade do furacão Milton, que ganhou velocidade e dimensão assustadoras surpreendendo até os especialistas, causou um esvaziamento de cidades na Flórida.

O furacão Milton tocou a costa centro-oeste da Flórida , às 21h30, nesta quarta-feira (9), trazendo ventos de até 200 km/h e colocando a região em alerta máximo.

O olho da tempestade está a apenas 96 quilômetros de Sarasota , e rajadas de vento superiores a 90 km/h já atingem o sudoeste do estado. As autoridades estimam que o furacão tocará o solo por volta das 20h, no horário local (21h em Brasília), com as piores condições durando até a manhã de quinta-feira (10).

Segundo informações da CNN, chove muito forte nas cidades Tampa e Fort Myers, onde as ruas já inundaram cerca de 15 centímetros.

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O Milton, que já foi classificado como categoria 5, intensificou-se de forma quase sem precedentes, impulsionado pelas altas temperaturas recordes das águas do Golfo do México. O furacão está na categoria 3, porém, a tempestade pode crescer em tamanho, ampliando seus impactos devastadores em uma área ainda maior.

Milton foi considerado a tempestade mais forte de 2024, com ventos que chegaram a 281 km/h. Ele agora segue uma trajetória semelhante à do furacão Helene, que recentemente atingiu a costa do Golfo da Flórida e causou danos significativos.

As regiões em roxo mostram os locais onde o furacão irá passar. Regiões vermelhas e amarelas tem risco de fortes tempestades tropicais
Foto: Site weather
As regiões em roxo mostram os locais onde o furacão irá passar. Regiões vermelhas e amarelas tem risco de fortes tempestades tropicais


"Tempestade do século”


O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, disse nesta quarta-feira que o furacão Milton está se desenvolvendo para ser uma tempestade histórica. Ele também alertou que os moradores da Flórida devem obedecer as ordens de retirada.

“Parece a tempestade do século. Muitas comunidades no caminho do furacão Milton não tiveram tempo para recuperar o fôlego entre Helene e Milton, duas tempestades históricas em duas semanas”, destacou o presidente norte-americano.

O governador da Flórida, Ron DeSantis, disse em uma coletiva de imprensa que é tarde demais para os moradores da Baía de Tampa evacuarem a cidade.

"Neste momento, é muito perigoso evacuar com segurança, então vocês precisam se abrigar", afirmou.

Segundo as últimas atualizações das autoridades, quase 700 mil residências estão sem luz na Flórida. As quedas de energia se intensificaram ainda ao longo desta quarta-feira, quando vários tornados passaram pela Flórida.

A passagem de Milton pela Baía de Tampa pode agravar a situação nas próximas horas. 

A população da Flórida está sendo atingida pelo furacão Milton enquanto ainda se recupera da passagem recente do furacão Helene, que atingiu categoria 4 e deixou 235 mortos.

Em entrevista à CNN, Michael Brennan destacou o risco de inundações graves no interior do estado, onde a água pode atingir até 4,5 metros de altura, criando uma situação de perigo extremo.

"Olho de alfinete"

Um dos aspectos que torna o furacão Milton de interesse é a presença de um "olho de alfinete", uma característica rara em que o centro da tempestade é visivelmente menor do que o normal, o que pode provocar flutuações rápidas na sua intensidade. O fenômeno é classificado como de categoria 5 na escala Saffir-Simpson.

Climate Central relatou que as temperaturas da superfície do mar onde Milton se formou estão em níveis recordes, tornando-se de 400 a 800 vezes mais prováveis devido a essas mudanças climáticas. Milton é o furacão mais forte a se formar no Golfo do México nesta época do ano desde 1966 e empata como o quarto mais forte já registrado no Atlântico, com base na intensidade dos ventos.

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** Formado em Jornalismo pela Universidade de Sorocaba e Técnico de Locução de Rádio pelo Senac. Gosta de contar boas histórias e de conhecer novas pessoas. Amante de esportes, também gosta de pets, animes e de uma boa conversa.