O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) encerra sua agenda oficial em Nova York nesta quarta-feira (25), com uma série de compromissos na sede das Nações Unidas.
Pela manhã, Lula se reúne com o presidente da África do Sul, Cyril Ramaphosa, e, em seguida, participa da Sessão de Abertura da Reunião Ministerial do G20.
Entre outros compromissos, ele tem encontros bilaterais com o presidente da Colômbia, Gustavo Petro, e o presidente da Guatemala, Bernardo Arévalo.
O encerramento de sua agenda prevê uma entrevista coletiva à imprensa na ONU antes de seu retorno ao Brasil, previsto para às 16h.
Na última terça-feira (24), Lula discursou na Assembleia-Geral da ONU, destacando temas como o conflito entre Israel e Palestina, mudanças climáticas e a necessidade de reformas na organização.
Em sua fala, o presidente pediu pelo fim da “vingança” israelense contra o povo palestino, destacando as mais de 40 mil vítimas do conflito, em sua maioria mulheres e crianças. “O direito de defesa transformou-se no direito de vingança”, afirmou, pedindo por um cessar-fogo e pela retomada do diálogo.
Ele também mencionou a guerra na Ucrânia, enfatizando que “nenhuma das partes conseguirá atingir seus objetivos pela via militar” e defendendo a proposta de paz apresentada pelo Brasil em parceria com a China.
Lula foi aplaudido ao saudar a primeira participação de uma delegação palestina na ONU. Ele também criticou o sistema da organização, defendendo reformas no Conselho de Segurança, incluindo a inclusão de um representante da América Latina.
“A exclusão da América Latina e da África de assentos permanentes no Conselho de Segurança é um eco inaceitável de práticas de dominação do passado colonial”, disse, apontando que as Nações Unidas estão esvaziadas e paralisadas, necessitando de uma ampla revisão.
Mudanças climáticas
No que se refere às mudanças climáticas, Lula criticou a inação global e reforçou a importância de cumprir os acordos ambientais. “Nosso planeta já não espera para cobrar da próxima geração”, disse, mencionando tragédias como as enchentes no Rio Grande do Sul e a estiagem na Amazônia.
O presidente também se comprometeu a combater o garimpo ilegal e a erradicar o desmatamento até 2030.
Além disso, Lula abordou a questão da democracia e as tensões digitais, criticando corporações que se colocam acima da lei, em uma possível referência ao empresário Elon Musk.
Ele afirmou que “a liberdade é a primeira vítima de um mundo sem regras” e defendeu que a regulação do ambiente digital é essencial para a soberania nacional.
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