Até o momento, ao menos nove pessoas foram mortas e 2.750 ficaram feridas em explosões simultâneas de pagers usados por membros do Hezbollah em todo o Líbano, nesta terça-feira (17). As informações são da agência Al Jazeera , e foram checadas no portal oficial do Ministério da Saúde Libanês .
A organização libanesa responsabilizou Israel pelos atentados, uma acusação também apoiada pelo governo do Líbano. Até o momento, Israel não se manifestou sobre o ocorrido.
Apuração do New York Times
Conforme apurado pelo jornal norte-americano New York Times, autoridades norte-americanas e de outras informadas sobre a operação, Israel teria executado a operação, escondendo material explosivo em um novo lote de pagers fabricados em Taiwan, e importados para o Líbano.
Os pagers, encomendados pelo Hezbollah à Gold Apollo em Taiwan, foram adulterados antes de chegarem ao país, segundo oficiais consultados pelo jornal. A maioria seria do modelo AP924 da empresa, embora três outros modelos da Gold Apollo também estivessem incluídos no envio.
Posicionamento dos Estados Unidos e Nações Unidas
Os Estados Unidos afirmaram, segundo a agência francesa France Presse , que não tinham conhecimento prévio nem envolvimento nas explosões.
"Posso dizer que os EUA não estiveram envolvidos nisso, os EUA não estavam cientes desse incidente com antecedência e, neste momento, estamos reunindo informações", disse o porta-voz do Departamento de Estado, Matthew Miller, a jornalistas.
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A explosão marca uma “escalada profundamente preocupante”, alertou a coordenadora especial da Organização das Nações Unidas (ONU) para o Líbano, Jeanine Hennis-Plasschaert, num comunicado, instando ‘todas as partes envolvidas a absterem-se de qualquer ação (...) que possa desencadear uma conflagração mais vasta’.
A vice-presidente do país, Kamala Harris, por sua vez, fez um apelo para o fim do conflito em Gaza em meio a crise. Ela ressaltou a importância de uma solução com dois Estados para promover a estabilidade no Oriente Médio, evitando que o Irã ganhe influência na região, também conforme a Al Jazeera .
O gabinete de guerra de Israel decidiu ampliar seus objetivos na guerra contra Gaza, visando a “retomada segura dos residentes do norte [de Israel] às suas casas”, conforme informações do escritório do primeiro-ministro israelense Benjamin Netanyahu.
Nesta terça-feira, ao menos 22 palestinos foram mortos em ataques israelenses em diversas áreas da Faixa de Gaza, conforme a agência de Defesa Civil.
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