Número de mortos em explosões de pagers sobe para 12, diz ministro da saúde libanês

Governo libanês e Hezbollah acusam Israel, que não se pronunciou sobre o ataque

 Pagers foram detonados em diversos pontos de Beirute e Damasco
Foto: Reprodução
Pagers foram detonados em diversos pontos de Beirute e Damasco

Um ataque cibernético atribuído à inteligência de Israel provocou explosões de centenas de pagers de supostos membros do grupo xiita Hezbollah em Beirute e Damasco, capitais do Líbano e da Síria, respectivamente.

Segundo o ministro da Saúde libanês, Firass Abiad, pelo menos 12 pessoas morreram, incluindo crianças. Além disso, 2,75 mil ficaram feridas nas detonações, sendo que mais de 300 indivíduos estão internados em estado grave, a maioria deles com lesões no rosto, nas mãos e no estômago.

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Entre os mortos estaria uma menina de 10 anos, enquanto o embaixador iraniano no Líbano, Mojtaba Amani, ficou levemente ferido.

Já o balanço provisório em Damasco é de pelo menos sete baixas entre integrantes do Hezbollah. Em comunicado, o grupo xiita, aliado do Irã e do Hamas, atribuiu a Israel a "total responsabilidade" pelas explosões e prometeu impor uma "punição justa" ao país judeu, elevando os temores de uma nova escalada da tensão no Oriente Médio.

Um vídeo divulgado nas redes sociais mostra um dispositivo explodindo no bolso de um homem dentro de um mercado em Beirute e o indivíduo correndo na sequência.

O Ministério da Saúde do Líbano colocou os hospitais em alerta para receber feridos nas detonações, enquanto um membro do Hezbollah disse ao jornal israelense Haaretz que essa foi a "maior violação de segurança" sofrida pelo grupo desde o início da atual guerra em Gaza, que provocou um aumento das hostilidades na fronteira libanesa.

Pagers se popularizaram nos anos 1990 e caíram em desuso devido à evolução dos celulares, mas ainda hoje são o meio de comunicação preferido pelo Hezbollah para evitar o risco de interceptação de mensagens.

Promessa de retaliação

O Hezbollah afirmou que irá retaliar contra Israel após o ataque cibernético. Até o momento, o governo de Israel não comentou a ação.

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