Netanyahu cita envio de vacinas contra polio em resposta sobre crise humanitária em Gaza

Primeiro-ministro de Israel afirmou que o país quer que 90% da população de Gaza esteja vacinada

Benjamin Netanyahu defende ações de seu governo na Faixa de Gaza
Foto: Reprodução
Benjamin Netanyahu defende ações de seu governo na Faixa de Gaza

O primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu , afirmou em coletiva de imprensa na última semana que o exército de Israel está vacinando contra a Poliomielite cerca de 200 mil palestinos que vivem na Faixa de Gaza , além de disponibilizar toneladas de alimentos para a região. "Permitimos agora a vacinação em massa da poliomelite. Queremos que 90% do povo de Gaza vacinado", pontuou.

De acordo com Netanyahu , Israel está "travando essa guerra com meios justos". Ao ser perguntado por um repórter da CNN sobre o "quanto é demais", em relação à extensão e aos impactos da guerra no povo palestino em Gaza, o primeiro-ministro se defendeu dizendo que o país está "trabalhando com meios que nenhum outro exército possui ou já fez".

Netanyahu complementou afirmando que Israel tomou precauções, algumas vezes com grande risco, para minimizar o número de baixas de civis.

Frente à crise humanitária vivida pela população de Gaza, o primeiro-ministro israelense disse que iriam terminar a guerra "quando atingirmos nossos objetivos, de garantir que o Hamas não possa repitir tais atrocidades".

Dados sobre a guerra

A guerra entre Israel e o Hamas se extende desde o dia 7 de outubro de 2023, quando combatentes do grupo extremista mataram 1.205 pessoas em Israel — a maioria civis, segundo uma contagem baseada em números oficiais israelenses.

Em resposta, Israel prometeu destruir o Hamas e lançou uma ofensiva que já deixou mais de 40.000 mortos no território palestino, segundo o Ministério da Saúde da Faixa de Gaza e órgãos internacionais, além de ter deslocado quase todos os 2,4 milhões de habitantes do enclave.

Na coletiva da última quarta-feira, Netanyahu afirmou que o confronto possui "a proporção mais baixa de não combatentes em relação a combatentes na história da guerra urbana".

Comentou também que as afirmações sobre a falta de ajuda com os palestinos e o agravamento da crise humanitária são falsas, e que o país já enviou "um milhão de toneladas de ajuda, 700 mil toneladas de alimentos para Gaza (...) fornecemos tendas para 150 mil pessoas, linhas de água, esgoto, alimentos, e de assistência médica".

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Civis mortos

O primeiro-ministro também afirmou que os civis foram embora da zona de confronto em Gaza, e que se deslocaram para a zona humanitária a três quilômetros de distância. Segundo ele, o exército possui dados de quantas pessoas foram mortas, entre civis e terroristas. 


"Acabamos de passar de 2 mil terroristas [mortos]. As pessoas foram embora. Quantos civis morreram? Perguntei ao comandante da divisão que fez a operação Rafah. Ele afirmou que quase não há mortes de civis porque todos foram embora. Eles atenderam aos nossos avisos. Mas ele disse que provavelmente foram 20 pessoas, e a maioria ocorreu quando uma bomba nossa atingiu um depósito de munição do Hamas que estava plantado dentro de uma área residencial. E essa é a maioria das mortes", comentou.

Para Benjamin Netanyahu, "Israel e o exército israelita estão fazendo algo que nenhum outro exército fez na história". Ele afirmou que não vai mudar as políticas de combate, políticas humanitárias e de vacinação que já estão acontecendo. 

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