Edmundo González: opositor de Maduro chega à Espanha para receber asilo político

Opositor fugiu da Venezuela na noite deste sábado (7)

Edmundo González se autoproclamou presidente da Venezuela
Foto: Redação GPS
Edmundo González se autoproclamou presidente da Venezuela

O candidato opositor Edmundo González chegou à Espanha após ter seu pedido de asilo aceito pelo país europeu. A aeronave da Força Aérea espanhola pousou neste domingo (8) na Base Aérea de Torrejón de Ardoz, nos arredores de Madri. A chegada de González foi confirmada por sua aliada, a líder opositora María Corina Machado, e pelo Ministério das Relações Exteriores da Espanha.

González, que concorreu contra o presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, nas eleições de julho, havia deixado Caracas no sábado (7). Ele estava sob um mandado de prisão solicitado pelo Ministério Público venezuelano e aceito pela Justiça local. A vice-presidente venezuelana, Delcy Rodríguez, confirmou que o regime chavista concedeu salvo-conduto a González para a sua saída do país.

María Corina Machado, líder da oposição e aliada de González, justificou a concessão de asilo político dizendo que a vida de González estava em perigo na Venezuela. Ela destacou as crescentes ameaças, citações judiciais e tentativas de chantagem e coação que González enfrentou. Machado afirmou que, diante dessa "brutal realidade", era necessário preservar a liberdade, integridade e vida de González para a causa opositora.

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O ministro das Relações Exteriores da Espanha, José Manuel Albares, anunciou que González embarcou em um voo da Força Aérea espanhola. Albares reafirmou o compromisso do governo espanhol com os direitos políticos e a integridade física de todos os venezuelanos. Segundo ele, a Espanha garantiu a segurança de González em cumprimento das normas internacionais.

Edmundo González estava refugiado na Embaixada da Holanda em Caracas antes de se dirigir à representação diplomática espanhola. A situação ocorreu no contexto da crise pós-eleitoral na Venezuela, onde González foi acusado pelo Ministério Público de crimes como usurpação de funções, falsificação de documentos e associação criminosa.

O Ministério Público, ligado ao chavismo, solicitou a prisão de González após ele ignorar três intimações para depoimento. A oposição, por outro lado, alega que González foi o verdadeiro vencedor das eleições com base nas atas eleitorais publicadas em um site. A ONU confirmou a autenticidade desses documentos, mas o governo de Maduro considera as atas como falsas.

Além de González, María Corina Machado também está sob investigação pelo Ministério Público. Machado assumiu a responsabilidade pela publicação das atas eleitorais em um site, o que provocou novas investigações por parte do regime de Maduro.

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